Ucrânia ainda planeja a tomada militar da Crimeia e os Estados Unidos contam com isso para somar pontos adicionais para as eleições presidenciais de 2024, disse hoje o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Nestes dias, a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, descreveu as instalações militares na Crimeia russa como alvos legítimos para a Ucrânia. Parece que Washington espera marcar pontos adicionais na “campanha da Criméia” para as próximas eleições”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.
Ele acrescentou que a mídia dos Estados Unidos informou que as autoridades de Kiev estão pensando em colocar os russos e bielorrussos em território ucraniano antes de uma escolha: “lutar como parte do exército ucraniano ou ser deportado”.
“Obviamente, essa questão teria que surgir mais cedo ou mais tarde”, disse o departamento diplomático russo. “Acreditamos que russos e bielorrussos que pensam sensatamente sobre a Ucrânia também entenderam isso.
Estamos prontos para receber na Rússia todas as vítimas do regime de Kiev, acrescentou.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, “continua a promover sua chamada fórmula de paz, que na verdade não visa estabelecer a paz, mas forjar uma coalizão anti-russa”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores chamou a atenção para “outra parte das declarações russofóbicas” de altos representantes de Kiev. Em particular, a declaração do primeiro-ministro ucraniano Denis Shmygal de que a reconciliação entre a Ucrânia e a Rússia é impossível nos próximos 100 anos.
Ou as palavras do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dimitri Kuleba, que descreveu a presença da Rússia no Conselho de Segurança das Nações Unidas como “a maior fraude diplomática do século XX”.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também comentou as novas sanções que a Ucrânia impôs aos russos, incluindo o empresário Evgeny Prigozhin, seus parentes e empresas a ele associadas, além de várias organizações públicas, atletas, dirigentes esportivos e comissários.
“Kiv parece estar competindo com os Estados Unidos e outros países ocidentais para ver quem inclui mais russos nessas listas”, disse Moscou.
“Curiosamente, o regime de Kiev impõe medidas cada vez mais restritivas por 50 anos, o que aparentemente reflete suas estimativas da duração do conflito”, concluiu o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Fonte: Prensa Latina