O bolsonarista Tarcísio Freitas, eleito nas últimas eleições estaduais em 2022 para governador de São Paulo, vem demonstrando que apesar da campanha demagógica, de que seria uma alternativa – à direita – da dinastia tucana no estado, na prática nada mais é que um continuador da política do PSDB em São Paulo.
Nesta semana, o governador dos Republicanos anunciou que autorizou a criação de estudos para a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). O governador, voltou também a defender a privatização do Porto de Santos, nada mais que o maior de todo País.
“Quero privatizar o Porto de Santos porque isso é a diferença entre prosperidade e pobreza na Baixada Santista”, afirmou de maneira cínica o bolsonarista. Esta privatização, inclusive, é projeto do governo de Jair Bolsonaro, incluída no Plano Nacional de Desestatização de julho de 2022 e encaminhada em setembro do mesmo ano. O projeto foi totalmente barrado pelo novo governo Lula, que se opõe as privatizações das principais empresas e pontos estratégicos brasileiros.
No entanto, ignorando toda a realidade vivida pelo povo brasileiro, Tarcísio insiste em dizer que as privatizações “trazem benefícios” para a população. Para se ter uma dimensão do ataque, a Sabesp é responsável pelo fornecimento de água para 28 milhões de pessoas, como também contempla 25 milhões de habitantes com a coleta de esgotos.
Além desse enorme montante, a empresa é responsável pela despoluição de rios, movimentando em alguns casos, como no rio Pinheiros, o montante de quase R$ 30 bilhões.
Já o porto de Santos é peça chave para a economia nacional. É por lá que a maior parte das importações e exportações brasileiras escoam, e é uma referência internacional para o comércio brasileiro.
Apenas neste porto passa 25% de todo comércio exterior brasileiro, um número extremamente alto que reflete a importância deste empreendimento. A sua privatização irá colocar nas mãos dos capitalistas um enorme controle sobre o comércio brasileiro e sobre as mercadorias nacionais, ampliando a sabotagem contra o próprio povo.