O centroavante do Botafogo Tiquinho Soares foi suspenso provisoriamente do futebol por 30 dias, após decisão da presidente do TJD-RJ, Renata Mansur Fernandes Bacelar. No clássico contra o Flamengo no dia 25 de fevereiro, no Mané Garrincha (Brasília), Tiquinho após ser expulso, deu uma leve cabeçada no nariz do árbitro.
O juiz do jogo, Tarcizo Pinheiro Caetano, expulsou três jogadores do Botafogo por reclamação e desde o início da partida mostrou-se indisposto com os atletas alvinegros, enfrentando-os cara a cara. Enquanto isso, conforme denunciou o técnico Luis Castro, do Botafogo, “corria” dos jogadores do Flamengo, motivo pelo qual afirmou que a partida deveria ter sido encerrada após 5 minutos (vídeo aqui). “A partir dali, estava claro que não tinha confiança para arbitrar aquele jogo”, afirmou. Segundo ele, a arbitragem do jogo foi “uma peça de teatro”.
O Botafogo, num erro besta, cedeu ao Flamengo o único gol do jogo antes do primeiro minuto. Por isso, a partida foi tensa desde o início. No entanto, ocorreram diversas polêmicas. Primeiro, o árbitro de vídeo (VAR) não estava funcionando. Isso não o impediu de anular um gol do Botafogo. O atacante Carlos Alberto estava, de fato, impedido, mas o bandeirinha não percebeu e validou o gol. Depois, a cabine do VAR (que nem estava funcionando e não poderia traçar a linha do impedimento) anulou a meta. Depois, ao final da partida, um pênalti não marcado sobre o atacante Matheus Nascimento, do Botafogo (vídeo aqui).
Tiquinho foi expulso após receber uma falta que o juiz não marcou. Naturalmente, xingou o árbitro. Recebeu amarelo. Xingou novamente. Recebeu vermelho. Aí, encarou o árbitro e deu uma cabeçada de leve nele. Por isso, pode pegar até 180 dias de suspensão.
Tiquinho, no entanto, fez o certo. Quando a arbitragem está de sacanagem, os jogadores têm que responder — ainda mais no Botafogo, que nos últimos anos têm apanhado calado, sofrendo com “erros” constantes de arbitragem. Marçal e Carli, que também foram expulsos, estavam certos ao gritar nomes ofensivos para o árbitro. Isso é futebol. O juiz ladrão que aguente.
O que chama atenção, no entanto, é a suspensão provisória de Tiquinho por Renata Mansur. Tiquinho não foi julgado, mas já está afastado. A decisão ocorreu às vésperas de estreia do Botafogo na Copa do Brasil, contra o Sergipe, e Tiquinho é um dos melhores do elenco botafoguense. Com a decisão suspendendo-o por 30 dias, vai ficar fora de todo o Campeonato Carioca, mesmo que depois ele não seja condenado.
Na internet, no entanto, é difícil esconder as coisas. Logo os torcedores acharam inúmeras fotos da juíza Renata Mansur torcendo para o Flamengo, principal rival do Botafogo. Até dias atrás, Botafogo e Flamengo estavam disputando a liderança da Taça Guanabara. Vieram três arbitragens polêmicas seguidas. Um pênalti não dado no empate com o Nova Iguaçu. E dois clássicos: Vasco e Flamengo. Nos dois, a arbitragem nociva foi expressa. Além disso, em dois jogos, cinco expulsões.
A decisão de Mansur mostra a escória que é o judiciário brasileiro, mesmo tratando-se de Justiça esportiva. Os tribunais desportivos, assim como os outros, é um antro de aglomeração de safados, bandidos, pilantras, interesseiros, oportunistas e carreiristas. Buscando imitar Sergio Moro, juiz bandido da Lava Jato, Mansur recebeu a solicitação contra Tiquinho às 20h e o condenou provisoriamente às 21h10. Julgamento relâmpago.
Para quem gosta de futebol, é preciso dizer: abaixo a escória do Judiciário, viva Tiquinho Soares!