A Teoria da Revolução, proposta pelo grande líder revolucionário da Rússia, Vladmir Lenin, apesar de nossa analise partidária não ser a do Marxismo-Leninismo (pois os stalinistas se reivindicam como tal “marxismo-leninismo” , desde a perseguição e posterior assassinato de Trotsky, em 1941) está presente na atualidade dos acontecimentos, como bem salienta a analise do companheiro Rafael Dantas feita em palestra a respeito do assunto, muito devido a questão da crise do sistema capitalista, que se estende já desde os fins do século retrasado, mas que hoje, devido justamente a todo esse tempo, e ao desenvolvimento que a situação atual nos impõe, de crises cada vez mais próximas umas das outras e constantes, o estado de deterioração social que o mundo vive de conjunto, a situação do imperialismo, etc., apontam para uma analise cada vez mais ampla do problema da Revolução, como proposto por Lenin.
Também fica evidente a contribuição , já em 1905, por Leon Trostki, com o desenvolvimento da Teoria da Revolução Permanente, que se não é um adendo muito importante e fundamental da conclusão leninista, é uma reinterpretação da mesma analise num sentido ainda maior devido ao que vivemos, a partir da própria Revolução Russa em 1917. É como se o próprio Lenin, já tivesse chegado as mesmas conclusões trotskistas, porém antes e com atuação prática, tendo sido ele mesmo, Lênin, o maior nome de todo aquele processo revolucionário, um marco para o desenvolvimento da Revolução Mundial preconizada pela russa, e que ainda esta por vir.
Lenin expõe a necessidade revolucionaria que atinge principalmente os países mais atrasados, ou seja, devido ao Capitalismo não ter atingido seu pleno desenvolvimento nos países mais pobres e pouco desenvolvidos industrialmente e sendo assim economicamente também pouco desenvolvidos; surge justamente a necessidade de um desenvolvimento capitalista pleno e completo, que impulsiona a classe operária dos países mais pobres a atuarem revolucionariamente.
Foi um complemento ao marxismo que até Marx e Engels, e que foi posteriormente considerado e ampliado por Trotski, no sentido de trazer ainda mais o foco do proposto por Lenin. Tal teoria foi descartada pelos stalinistas durante o Governo soviético pós revolucionário onde a era burocrática a burocracia se instaurou dentro do governo operário jogando o marxismo na lata do lixo já que os burocratas queriam tão somente controlarem o pais e o povo, usufruir da máquina pública, e não atuarem pela emancipação da classe operária.
Assim sendo, vemos a farsa que é o termo marxismo-leninismo, uma vez que os que a usam, não se utilizam nem de Marx e muito menos Lenin, devido muito à falta de compreensão de ambos, pela falta de materialidade dialética e muitas doses de nacionalismo identitário russo e moralismo que toda burocracia exalava, pois os stalinistas na realidade são adeptos da Revolução em um só pais (totalmente equivocada, já que uma Revolução não funcionaria plenamente em apenas um pais, sendo necessário ser elevada ao patamar Internacional e de forma permanente, não apenas uma única vez) .
Na verdade sequer existe ainda o stalinismo, sem qualquer construção teórica relevante foi uma excrecência reduzida ao período de Stalin , o desastre da condução da burocracia stalinista foi tal que impediu não só o avanço da classe operária russa, mas de todo o mundo, tendo inclusive impedido diretamente que revoluções acontecessem em outros países, sem falar na brutal perseguição e aniquilamento dos revolucionários, tendo assim o stalinismo garantido seu lugar na lixo da historia, restando somente admiradores e filo stalinistas.