A Europa anunciou mais um pacote de sanções contra a Rússia, decidido para esta quarta-feira (21), o pacote se encontra em diálogo pelas autoridades européias que se sujeitam aos Estados Unidos, conforme anunciado pela agência de notícias Sputnik.
Desde março de 2014, a UE tem obedecido às ordens do imperialismo americano a respeito de sancionar o povo russo por tolerar um governo que se opõe à dominação econômica e política dos Estados Unidos, e estas visam indivíduos, empresas e funcionários russos. Após essas sanções, a Rússia implementou contra-sanções, incluindo um embargo alimentar em 2014 contra vários países, incluindo a proibição total das importações de alimentos da UE, Estados Unidos, Noruega, Canadá e Austrália. Causaram danos econômicos a vários países da UE, com perdas totais estimadas em 100 bilhões de euros ( só em 2015).
O Banco Central da Rússia avalia que “o sistema bancário russo é estável, tem capital e liquidez suficientes para funcionar sem problemas em qualquer situação. Todos os fundos dos clientes nas contas estão seguros e disponíveis a qualquer momento”. Clemens Grafe, economista da Goldman Sachs, avaliou que, “embora anteriormente o BCR pudesse contar com suas reservas para suavizar qualquer volatilidade temporária no rublo, não é mais capaz de fazê-lo”.
Análises preveem declínio na economia russa, sendo esperada uma alta taxa de inflação e expressiva contração do PIB, embora ainda haja muita incerteza e especulação devido a uma situação geopolítica ainda instável. Todas estas informações contam com farta bibliografia porém avaliamos que o mercado capitalista tende a se acomodar para não ‘cair de podre’ que está, tamanha a repercussão negativa das sanções na maioria dos países europeus. Verifica-se ainda uma acomodação da economia russa independente das facilidades anteriores às sanções.
Desde as sanções o que se tem observado é uma grande afetação na economia europeia a ponto de provocar a revolta de toda a população contra os governos dos principais países que se submetem econômica e politicamente ao imperialismo americano. O que se esperava que as sanções afetassem mais à Rússia, não o mercado europeu,mas há uma ligação estreita desse mercado com as principais empresas russas.
As medidas destinam-se a enfraquecer a base econômica da Rússia e têm sido prorrogadas sucessivamente por seis meses desde julho de 2016. A decisão de cada prorrogação foi tomada na sequência de uma avaliação da aplicação dos Acordos de Minsk.
As sanções vigentes são as seguintes conforme dados e fontes disponíveis na Wikipedia:
- Fechamento do espaço aéreo da União Europeia, dos Estados Unidos e Canadá para todas as aeronaves da Rússia.
- Severa limitação ao acesso do Banco Central da Rússia às suas reservas internacionais e término de todas as operações da União Europeia com o BCR.
- Exclusão de vários dos principais bancos russos do sistema bancário internacional SWIFT, uma rede de alta segurança que facilita os pagamentos entre cerca de 11 mil instituições financeiras em 200 países.
- Bloqueio das transmissões na UE da imprensa russa Russia Today e Sputnik.
- Sanções financeiras, incluindo congelamento de depósitos bancários e imobilização de bens, contra oligarcas e políticos russos, incluindo o presidente Putin, o primeiro ministro Mikhail Mishustin e o ministro das relações exteriores Sergey Lavrov, e mais 351 parlamentares russos que votaram a favor do reconhecimento das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Luhansk como estados independentes.
- Sanções contra empresas russas que produzem aviões de combate, drones, tanques, armamentos e sistemas eletrônicos usados na guerra.
- Término do contrato do gasoduto Nord Stream 2 que deveria levar gás russo para a Alemanha.
- O Banco Mundial encerrou todos os seus programas na Rússia.
- Todos os membros do Conselho Ártico para cooperação na região circumpolar suspenderam sua participação no colegiado, salvo a Rússia, que em 2022 ocupava a presidência.
- A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear removeu a Rússia da condição de observadora, proibiu sua participação nas reuniões, e por tempo indeterminado suspendeu todas as futuras colaborações.
- A Comissão Europeia suspendeu todos os financiamentos em vigor para instituições russas de pesquisa e inovação e todos os planos para projetos futuros. Paralelamente, a Associação Universitária Europeia aconselhou que todas as suas afiliadas revisem seus projetos com instituições e universidades russas para garantir que somente sejam levadas a efeito colaborações com entidades que compartilhem dos valores europeus, e suspendeu 12 universidades russas cujos reitores se posicionaram a favor da guerra.
- A Agência Espacial Europeia congelou até segunda ordem seu programa de colaboração com a Rússia para o lançamento da sonda ExoMars.