O Estado de São Paulo e sua capital, desde o golpe de Estado contra a Presidenta Dilma Rousseff, passa por uma situação de verdadeiro caos humanitário. São milhares de pessoas morando em condições desumanas em ocupações, favelas sem urbanização, cortiços, coabitação, com dificuldade para pagar os altos preços do aluguel e morando na rua, em completo abandono por parte do poder público e em condição de extrema vulnerabilidade socioeconômica, por conta da crise provocada pela política neoliberal de extermínio dos direitos e das condições de sobrevivência da classe trabalhadora para resguardar os lucros dos capitalistas.
De acordo com o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no ano de 2022, o número de pessoas em situação de rua na capital paulista chegou à 48.261 mil. Esse número representar 25% do total de pessoas que se encontram nessa situação. Já o total de pessoas nessa situação em todo o Estado de São Paulo representa 42% do total de todo o país.
As informações do POLOS-UFMG são embasadas em registros do CadÚnico, que estima que atualmente 192 mil vivem em situação de rua no país. As pesquisas feitas à este respeito são extremamente precárias e as condições objetivas de sua realização para se ter informações mais precisas são esvaziadas pelo poder público para maquiar a verdadeira realidade de calamidade que o país vive.
Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que a população em situação de rua no país seria de 281 mil pessoas, com crescimento em 38% entre 2019 e 2022, e de 211% no período de uma década.
É mais do que urgente que o poder público e principalmente o Governo Lula, multiplique os esforços para mensurar concretamente qual é a situação e aporte robusto orçamento para investir em um conjunto de políticas públicas para enfrentar esse problema, não se restringindo somente a garantir moradia.
Fonte: Tribuna do Movimento