O Teatro Municipal de São Paulo está na mão da iniciativa privada. Desde 2011, o Teatro Municipal passou a ser administrado então pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Nesta semana, o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) aprovou em sessão plenária, a solicitação para que a Fundação Theatro Municipal, após a crise envolvendo a atual gestora, realize um edital para escolher uma nova organização social de cultura para gerir o teatro.
Dentre as alegações: “O não cumprimento das metas de produção, […] alteração sem aviso prévio à Fundação Theatro Municipal de São Paulo do quadro de cargos compartilhados, não envio da integralidade da relação de contratos e reiteradas prorrogações do prazo de ocupação da Praça das Artes”.
O Teatro Municipal, um patrimônio do povo brasileiro, está na mão da iniciativa privada;, com isso, vários artistas têm reclamado da falta de autonomia dos envolvidos “Além disso, há uma proibição acerca da autonomia do Balé da Cidade. Assim como o coro lírico e a orquestra, o balé também não toma conta de suas próprias redes sociais — algo reivindicado pelos artistas. Procurados, a OS e a prefeitura não se posicionaram sobre o assunto”.
A Cultura como patrimônio da humanidade deve ficar nas mãos do povo e jamais nas mãos dos abutres capitalistas, deve ser gerida pela prefeitura e seus artistas contratados pelo poder público. A iniciativa privada somente visa o lucro e não a cultura como formação do povo, visa o pagamento de ingressos e o altos preços. Não à terceirização! A cultura precisa ser controlada pelo povo’.
Um patrimônio de 112 anos, que integra a história de São Paulo e da Semana de Arte Moderna no Brasil, não pode ser sucateado e descaracterizado pela iniciativa privada.
