A sexta edição do Dossiê Causa Operária tem como questão central a análise da situação dos índios no território nacional. O problema, posto em evidência no último mês pela imprensa capitalista, não foi até agora suficientemente explorado e bem compreendido. Nossa publicação tenta, nesse sentido, preencher uma lacuna importante para a análise com uma farta pesquisa e levantamento de dados fundamentais para a compreensão da realidade da população indígena, da qual os ianomâmis têm sido destacados no último período.
Entregamos ao leitor, nesse sentido, uma ampla investigação sobre as causas de fundo da grave situação de fome e miséria por que passa a população indígena em geral – e não só os ianomâmis. Os interesses do imperialismo mundial na enorme riqueza da região amazônica saltam aos olhos. De norte a sul, da Guiana ao Peru, os países vizinhos exploram a mineração, atividade proibida em território brasileiro. Ao mesmo tempo, dados de institutos de pesquisa e de empresas do ramo apontam para enormes reservas de minérios, incluindo o nióbio e o ouro, essenciais à indústria e, consequentemente, ao desenvolvimento nacional.
É uma enorme riqueza e a situação do índio, confinado às terras demarcadas e intocáveis, se coloca no centro do problema: por que a preocupação internacional com a preservação das áreas indígenas em meio a tanta riqueza? Nossa hipótese: porque as condições para a exploração destas áreas por empresas privadas e pelo imperialismo ainda não estão garantidas. Os dados de que dispomos apontam nesse sentido.
Ao mesmo tempo em que a maior parte da população indígena brasileira passa fome, setores da esquerda nacional alinham-se aos interesses dos exploradores na suposta defesa do índio, posicionando-se contra a exploração econômica das terras indígenas pelos próprios índios, fechando os olhos para a dura realidade dessa minoria (0,4% da população brasileira) que perfazem mais de 18% do contingente de pessoas que passam fome e vivem na miséria em nosso país. O Dossiê desta quinzena questiona: a culpa é do garimpo? Qual o papel das ONGs? O que poderia ser feito com tamanha riqueza na Amazônia? Qual a saída para essa situação?
Além disso, esta edição trata ainda de assuntos internacionais, com destaque para a corrida armamentista no Japão, o caso de Julian Assange e a guerra na Ucrânia, todos analisados em detalhe.
No terreno nacional, o destaque desta edição é a resposta à pergunta: “o que realmente aconteceu em 8 de janeiro”, artigo em que analisamos as causas e os fatos em torno das manifestações que levaram à depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília ao fim da primeira semana de mandato do presidente Lula.
Em cultura, o Dossiê traz ainda uma análise da questão do identitarismo – suas origens ideológicas e o papel que cumpre na luta política hoje –, uma biografia do patriarca da independência cubana, José Martí, e a continuação do artigo sobre a história do futebol brasileiro vista através das copas do mundo. Na seção de história, destacamos nesta edição os 80 anos da Batalha de Stalingrado, ponto de virada na Segunda Guerra Mundial que teve a classe operária como pivô na derrota do nazismo.
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