Recentemente, toda a imprensa golpista tem lançado matérias em defesa da autonomia do Banco Central e de Roberto Campos Neto, contra a política de Lula de colocar o BC novamente sob o controle do Poder Executivo.
O PIG, Partido da Imprensa Golpista, se converteu totalmente na assessoria de imprensa do Banco Central “independente”, ou seja, sob o domínio do capital financeiro internacional, conforme a equipe do Diário Causa Operária aferiu recentemente.
A movimentação tem motivações claras. A imprensa burguesa, que age em defesa exatamente da burguesia, tem em seu interesse a defesa de um Banco Central submetido ao capital financeiro internacional e bem longe do controle popular.
O que a burguesia quer é manter o controle sobre a situação e Lula iniciou uma queda de braço. Seus porta-vozes, o Partido da Imprensa Golpista (PIG), dedicaram a semana inteira a atacar o presidente devido a essa questão do BC.
É importante reforçar que a posição de Lula é correta e quem deve ter autoridade sobre o Banco Central é o governo. Atualmente, o BC é presidido por um bolsonarista, Roberto Campos Neto, que coloca em prática o programa neoliberal que a burguesia deseja. A política monetária deve ser definida pelo governo eleito, por uma instituição que possua autoridade e que tenha sido escolhida pelo povo.
A burguesia tenta de todas as maneiras, por meio da imprensa golpista, impedir que Lula acabe com a autonomia do Banco Central. Isso só demonstra o medo que a burguesia possui de perder controle sobre a política monetária.
É necessária uma ação urgente de expurgo de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central e revogação imediata dessa lei reacionária, contrária aos interesses da população, que é a lei que concede a “independência” ao BC. Aprovada pela maioria do Congresso golpista e bolsonarista, que arrocha a população com juros criminosos e beneficia os capitalistas selvagens de dentro e de fora do país, comandados pelo imperialismo, principalmente o norte-americano.
O problema central para Lula, que o tem colocado em atrito com a burguesia, são suas críticas à taxa de juros ligadas diretamente às decisões tomadas pelo Banco Central que ameaçam as reformas sociais e o aumento salarial com o aumento das taxas de juros para toda a população. Essa instituição tem agido de maneira contrária ao próprio governo eleito, sabotando sua política econômica.
Atualmente, o BC é comandado por presidente e diretores com mandato de quatro anos que não coincidem com os do presidente da República, dessa forma, o presidente eleito é obrigado a conviver com as medidas monetárias feitas pelo governo anterior durante pelo menos dois anos. Ou seja, o presidente do Banco Central de Bolsonaro, Campos Neto, ficará no cargo até dezembro de 2024, dois anos depois do início do governo Lula.
A ação tomada pelo regime golpista foi feita justamente para garantir que, independente do governo eleito, a política econômica do golpe pudesse ser sustentada de alguma maneira. O Banco Central é peça fundamental para qualquer mudança econômica importante na política brasileira, e sua manutenção como entidade independente tem como única função mantê-lo atrelado ao capital financeiro, aos bancos privados e ao imperialismo.
Rever a autonomia do BC é algo extremamente necessário para que a política econômica e social de Lula se concretize. Garantir aumento real do salário, bolsa família, redução dos impostos para os mais pobres e desenvolvimento econômico do País, por meio da reindustrialização, só será possível caso o Banco Central volte a estar sob o controle do Estado brasileiro e do governo Lula.