Na segunda-feira (13/02), foi ao ar o Programa de Índio nº 114, cujo título foi “Garimpeiros” da maçã.
O Programa de Índio acontece às segundas-feiras, às 17h, e é apresentado pelos companheiros Renato Farac do Sul da Bahia (BA), e pelo companheiro Marcelo Batarce do Mato Grosso do Sul (MS), na COTV Canal Reserva.
Farac inicia com os informes: No município de Santa Cruz de Cabrália, onde aconteceu a primeira missa no Brasil, os assentamentos Jeferson Santos, Gildásio Sales e Lulão, estão sofrendo com a falta de infraestruturas básicas, e nada foi feito pelo prefeito Agnelo Santos (PSD) que já havia realizado visita nestes assentamentos, feito promessas e não cumpriu. Devido à falta de compromisso do prefeito que, inclusive, parou de atender e responder aos assentados, estes resolveram fazer uma manifestação na cidade e ocupar a prefeitura. Farac lembra que esse sempre foi o método da esquerda. Informou que o negociador da PM pontuou que: “o Alexandre de Moraes já proibiu isso ai”. Inclusive uma juíza já deu ordem de condução coercitiva de pessoas do MST. O famoso “pau que bate em Francisco, bate muito mais em Chico”.
Já no Mato Grosso do Sul (MS), Marcelo informa que lideranças indígenas terão um encontro com o governo do estado, e estão levando reivindicações que nada tem a ver com as reivindicações da COP. A COP é a Conferência das Partes, é o encontro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizado anualmente por representantes de vários países com objetivo de debater as mudanças climáticas, encontrar soluções para os problemas ambientais que afetam o planeta e negociar acordos.
As reivindicações são:
- Demarcação e homologação das Terras Indígenas (TI);
- Criação do DSEI, órgão ligado ao ministério da saúde para tratar da saúde dos indígenas;
- Perfuração de poços artesianos urgente nas reservas e nas TIs;
- Construção de escolas estaduais nas aldeias;
- concurso público para professores indígenas;
- construção de casas nas aldeias, e
- Implementos agrícolas e para roças.
O companheiro Batarce pontua que a política do PCO está totalmente de acordo com as pautas dos índios, e não pautas identitárias que não levam adiante a luta dos índios tanto do MS ou de qualquer região do país. Farac pontua que tais pautas não aparecem na Folha de São Paulo ou na rede Globo.
Acidente ambiental no EUA
Os camaradas divulgaram que no dia 6 de fevereiro houve um descarrilamento e uma explosão de um vagão de trem na cidade de Ohio, nos EUA, que carregava um produto químico altamente tóxico, o cloreto de vinila, que pode ficar 60 anos no ambiente sem redução de seu poder de contaminação. A população foi evacuada e não há quase divulgação. Alguns jornalistas que conseguiram divulgar alguma foto, foram presos. As notícias começaram a vazar nas redes sociais aos poucos. É um desastre ambiental muito grave e há denúncia de que o acidente foi causado por falta de manutenção das linhas férreas.
Entrando na pauta principal, os apresentadores mostram que houve o assassinato de um índio na cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul, que como os índios do MS estão sendo “recrutados” para irem fazer a colheita de maçãs no estado. Mostram um vídeo onde um índio que havia desistido de ir para as colheitas foi forçado a entrar no ônibus. Isto tudo porque eles adquirem dívidas antes mesmo de efetuar o trabalho como, por exemplo, cestas básicas. É um método antigo, que faz com que a pessoa adquira uma dívida impagável e se torne mais escravo ainda do patrão. São denúncias recebidas por vídeos e áudios de grupos de WhatsApp feitos pelos próprios índios. Fato é, que se os índios tivessem as condições de desenvolver seu trabalho nas suas próprias terras, não estivessem morrendo de fome, isso não aconteceria.
Confira o programa integralmente aqui.