No final de 2022 e início de 2023, as empresas de tecnologia no Brasil desligaram 244,9 mil funcionários. A crise que atingiu um dos poucos setores ainda em desenvolvimento da economia capitalista, revela a profundidade da crise capitalista mundial.
As empresas de tecnologia, com suas raras demissões em massa, geraram instabilidade no mercado e também na vida de milhões de trabalhadores que vivem a pressão do desemprego. Empesas altamente lucrativas que fecharam o ano com bilhões em caixa, demitem sem apresentar aos trabalhadores nenhum motivo objetivo.
Veja abaixo as empresas de tecnologia que já anunciaram demissões em 2023:
.Adobe (ADBE34): corte de 100 funcionários;
.Afterverse: demissão de 150 funcionários;
.C6 Bank: demissão de até 500 funcionários;
.Enjoei: corte de 50 colaboradores;
.Fazenda do Futuro: corte de 90 funcionários
.Galena: demissão de 27 funcionários;
.Google: demissão de 12 mil funcionários;
.HP (HPQB34): demitirá de 4 mil a 6 mil funcionários de 2023 até o final de 2025;
.IBM (IBMB34): corte de 3,9 mil empregados;
.Loggi: demissão de 250 funcionários;
.Microsoft: demissão de 10 mil funcionários;
.MePoupe!: demissão de 72 funcionários;
.Nubnak: demissão de 40 funcionários;
.Pagaleve: corte de 20 funcionários;
.PagSeguro (PAGS34): corte de 7% dos funcionários;
.PayPal (PYPL34): cortará 2 mil funcionários;
.Philips (PHGN34): demitirá 6 mil funcionários de 2023 até 2025;
.SalesForce: corte de 10% do quadro de funcionários;
.Solfácil: demissão de 150 funcionários;
.Unico: demissão de 110 funcionários;
.Vimeo: cortará 11% da sua força de trabalho;
.Wiz Co: demissão de 150 funcionários.”
Além das demissões já efetuadas, mais demissões estão sendo prometidas pelos capitalistas para o próximo período. Diante disso é preciso que os trabalhadores do ramo se articulem, entre os demitidos e os empregados. Nesse sentido, entra o papel da CUT e das organizações de massa. Os patrões alegam instabilidade financeira e política no mundo, porém que eles paguem pela crise e não os trabalhadores. O caso também revela a crise econômica geral que o capitalismo, sendo o setor de tecnologia um dos poucos que até então não havia sofrido duros impactos.
É preciso organizar uma ampla campanha de mobilização para barrar e reverter essas privatizações, pois são empresas altamente lucrativas e as demissões podem ser revertidas e canceladas.