Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa do governo golpista de Michel Temer, e um dos articuladores do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, além de ter atuado nos governo neoliberais de Fernando Henrique Cardoso (FHC) nos anos de 1990, atua agora como um dos representantes dos interesses das mineradoras internacionais no país. Jungmann, que é Diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), recorrendo à demagogia de proteção ao meio ambiente e aos povos indígenas, quer estabelecer o controle absoluto da mineração na região amazônica aos grandes grupos de mineração, sobretudo com capital internacional.
O político golpista afirmou que esteve, durante visita da oficial, com Frans Timmermans vice-presidente da Comissão Europeia que vei ao Brasil. Jungmann afirmou ter conversado sobre buscar ajuda europeia para a luta contra o garimpo ilegal na região amazônica para que somente material certificado seja comprado. O ex-ministro golpista ainda afirmou que pediu apoio do Itamaraty para o certame.
Da maneira mais cínica, justifica a medida por ser o garimpo ilegal prejudicial aos grupos indígenas e favorece o desmatamento. “Não podemos olhar apenas para o Brasil”, “quem importa também faz parte dessa cadeia que destrói a Amazônia”. Para além da demagogia, torna-se evidente os objetivos da empreitada, bem como o papel desempenhado por Jungmann, isto é, tornar a exploração da mineração na região de mineração da Amazônia atividade exclusiva dos grandes grupos econômicos, inclusive imperialistas, já que Jungmann é um representante direto dos interesses do capital imperialista no país.
O setor prepara ainda uma proposta endereçada ao Congresso nacional e aos ministérios de Minas e Energia e Industria, que inclui medidas de investimento em pesquisas mineral e exportação, pretendem ampliar a exploração dos recursos naturais da região.
Jungmann é ainda membro do Instituto para Reforma das Relações Empresa-Estado (IREE), no qual ocupa os cargos de Presidente do IREE Defesa & Segurança e do IREE Soberania e Clima, participam aí também outros notórios golpistas e pró-imperialistas como o Gal. Sergio Etchegoyen, Presidente do Conselho de Administração do IREE Defesa & Segurança e do IREE Soberania e Clima, dentre outros. Presença de representantes do imperialismo, como Raul Jungmann, em cargos estratégicos nesta instituição demostra de maneira cabal que se trata de um enclave imperialista, como muitas outras ONGs que aqui atuam nas mais variadas temáticas.
O IREE também possui seu lado esquerdo, Guilherme Boulos, Silvio Almeida, Juliane Furno, elementos que se apresentam como esquerda, também participam ou participaram deste Instituto, mas não há motivo razoável para acreditar que não defendam a política essencial do mesmo, isto é, o Lobby pró-imperialista contra a economia nacional.