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Isso sim é terrorismo

Operação da PM termina com 2 camponeses assassinados em Rondônia

Os ataques e crimes contra os movimentos de moradia e luta pela terra são variados e diários, é preciso organizar os comitês de autodefesa para acabar com a matança no campo

Em mais um ataque do Estado e seu braço armado contra os movimentos de por moradia e terra, assassina duas pessoas em Rondônia. O crime aconteceu no último sábado (28), onde forças de segurança do Estado deflagraram uma operação de reintegração de posse, no Acampamento Tiago Campin dos Santos – organizado pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP), na Fazenda NORBRASIL, região marcada por grave conflito agrário, em Nova Mutum Paraná (RO). 

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT Nacional), os camponeses Raniel Barbosa (24) e Rodrigo Hawerroth (34) foram executados ainda durante a operação. Outros três camponeses foram presos, Kenedy T.A (24), baleado no ombro durante a operação e levado ao Hospital João Paulo II em Porto Velho;  Edilson C.P (18) e Rodolfo R. (34), seguiram para o Departamento de Flagrantes (DEFLAG) da Polícia Civil. A operação teve participação de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Batalhão de Choque, Batalhão de Trânsito e 9º Batalhão da Polícia Militar de Rondônia.  

Ainda na matéria publicada pela CPT Nacional, os relatos de pessoas que estavam na área, é de que as forças militares teriam iniciado a operação no início da manhã de sábado, com uma ofensiva contra o Acampamento, utilizando-se de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Duas crianças teriam sido atingidas pelo gás, entre elas, um bebê de seis meses, que chegou a desmaiar. A Associação Brasileira de Advogados do Povo – Gabriel Pimenta (ABRAPO) afirma que não houve troca de tiros entre a Liga e as Forças Policiais durante a operação de reintegração de posse e denuncia a ocorrência de torturas e execuções sumárias de camponeses.

Esse já é terceiro assassinato apenas no mês de janeiro de 2023. Nos últimos dois anos, foram dez assassinatos de camponeses nesta área de conflito. No dia 4 deste mês, pistoleiros, mataram Patrick Gasparini Cardoso, mais conhecido como Cacheado, suspeita-se que a execução tenha ocorrido a mando do grileiro “Galo Velho”. O Local da ocupação é reivindicado pela empresa Leme Empreendimentos Ltda, cujo proprietário é um conhecido da região, Antônio Martins dos Santos, o “Galo Velho” .

É obvio que este tipo de ataque contra os camponeses tem um conluio entre Estado, forças militares e o latifundiário. É impressionante como nada acontece com os criminosos e mandantes do crime. Outro ponto importante à ser denunciado é a clara ajuda que estes assassinos tem da justiça. Mesmo que Supremo Tribunal Federal tenha suspendido a reintegração de posse ainda no final de 2021, a Secretaria de Segurança Pública do Estado emitiu ordem de permanência para os policiais que estavam na área, acarretando uma série de retaliações e o assassinato de mais dois camponeses da LCP, somando 5 mortes somente em 2021.

É importante deixar claro que não será através das instituições da burguesia, como justiça, o poder executivo, os militares, que a situação dos povos do campo irão modificar. É preciso criar um amplo movimento de auto defesa daqueles que lutam por moradia e terra no país inteiro para se defender dos criminosos que atacam, torturam, roubam e matam. Como se vê diante das várias denuncias que organização da autodefesa no campo se trata simplesmente de um questão de vida ou morte, é a sobrevivência dos trabalhadores que estão em jogo.

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