O governo golpista de Dina Boluarte enviou tropas do exército peruano para reprimir manifestantes em Puno, no Peru. O contigente de tropas é formado por militares do exército, da marinha, além de policiais militares, designados para reprimir violentamente as manifestações que pedem a renúncia de Dina Boluarte e a convocação imediata de novas eleições. Os povos Quechua e Aymara, que são indígenas peruanos, se concentraram na praça das armas de Juliaca no dia 26 de janeiro, em greve por tempo indeterminado.
Juliaca é uma cidade, localizada no distrito de Juliaca dentro do departamento de Puno.
Na sexta-feira passada, o Congresso da República havia rejeitado um projeto para adiantar as eleições para outubro de 2023. No dia 30 de janeiro, o tema foi rediscutido no Congresso peruano; no mesmo dia, os manifestantes voltaram às ruas de Puno, depois de 26 dias de mobilização constante e de 2 dias de trégua.
A presidente Dina Boluarte planeja apresentar uma proposta para adiantar as eleições presidenciais para 2023 e uma outra para fazer uma reforma total da Constituição de 1993, devido às intensas manifestações, que escalonam de maneira cada vez mais intensa. Enquanto isso, o governo aposta também na repressão, chamando o exército à rua, mas fica cada vez mais difícil acompanhar a maré crescente das mobilizações.