Ao longo dos últimos anos, diversas ONG’s e os mais variados tipos de grupos ambientalistas vem levantando denúncias atrás de denúncias com relação ao garimpo, a exploração da madeira e o uso do solo brasileiro em suas páginas, sítios e por toda a imprensa burguesa. Na realidade, tudo isso se trata de uma investida do imperialismo para impedir que o povo se desenvolva e deixar as riquezas do país nas mãos dos países imperialistas.
A investida imperialista visa, na verdade, impedir o desenvolvimento e oferecer soluções confusas e contraproducentes. Ao mesmo tempo que criticam a degradação ambiental, defendem o garimpo artesanal, forma de extração do ouro verdadeiramente poluente. Quando, na verdade, é a exploração a nível industrial que pode de fato reduzir os danos ao meio-ambiente. É um fato histórico que o avanço da tecnologia e exploração em larga escala de recursos naturais geram métodos cada vez mais eficientes, e é esse o único caminho para o desenvolvimento social possível.
O cinismo imperialista vive de querer proibir, através da influência de ONG’s e pressões políticas, que países oprimidos explorem suas riquezas atestando a degradação ambiental, sendo que são eles os que mais degradam o meio-ambiente. Por qual motivo deveriam os países explorados estar condenados a viver no subdesenvolvimento e dependência da exploração capitalista estrangeira, quando há claras vias para o desenvolvimento e exploração das riquezas nacionais? Devemos pagar a conta dos países imperialistas mais uma vez?
O garimpo e o ouro é fonte de renda para milhões de pessoas, e por mais que existam evidências que o uso do mercúrio seja negativo no longo prazo, toda sugestão oferecida pelos ambientalistas, quando é oferecida, é contraproducente. O que poderíamos ver caso nos entregássemos aos anseios ambientalistas é o caso de fome dos ianomami repetido em uma escala muito maior, tendo em vista que o desejo do imperialismo, grande financiador por trás das ONG’s, é manter a rica terra brasileira intocada para que ele possa se apropriar de seus frutos, instituindo uma política para as ONG’s de que índios devem, por exemplo, viver em reservas ambientais, impossibilitados de explorar suas terras e fazer uso dos recursos nela disponíveis.
O exemplo da política a ser seguida, em combate a política subserviente das ONG’s imperialistas como a Fundação Ford, fundação cujo financiamento para a criação da falsa liderança indígena Sônia Guajajara foi exposta por ela mesma na COP-27, é a política do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que por sua ligação real com o movimento indígena e consciência das necessidades reais do povo trabalhador adquirida em sua atuação sindical e conhecimento das medidas necessárias para sanar tais necessidades, defendia a melhoria econômica do povo indígena e boliviano, defendendo medidas como a nacionalização do gás e lítio boliviano para alavancar o desenvolvimento social no país.
Nesse momento, podemos ver com clareza a atuação do imperialismo: o WWF é financiado por fundações norte-americanas e grandes capitalistas, Evo Morales foi vítima de um golpe do imperialismo. Por que, se as ONG’s do imperialismo são tão destacadas em de fato proteger o povo e o meio-ambiente, o imperialismo as financia?
A razão, na verdade, é porque são ações como as ações do ex-presidente Evo Morales que de fato contribuem para o progresso social, trazendo desenvolvimento e refinando os métodos extrativos a um ponto em que não sejam danosos para o meio-ambiente no longo prazo, e as ações das ONG’s visam exclusivamente atravancar o desenvolvimento econômico e social dos países que são vítimas da perniciosa presença do imperialismo.
Se Lula não criar possibilidades para que os povos indígenas possam explorar suas terras e extrair delas condições para uma vida digna com seu trabalho, e a linha das ONG’s seguir se colocando como uma linha majoritária, veremos muito mais crises de fome como estamos vendo agora a dos ianomâmi, mesmo que essa fome já exista a bem mais tempo do que a imprensa burguesa tem noticiado.
Em resposta a busca do imperialismo de tomar para si as riquezas do povo brasileiro e do povo indígena, Lula deve permitir a exploração da terra pelos povos indígenas e dar crédito para que possam adquirir ferramentas tecnológicas, maquinário, educação e saúde. Os índios devem se organizar em comitês de luta pela emancipação do povo indígena e pressionar por suas reivindicações, contra o interesse das ONG’s ambientalistas.