Enfrentando os muitos perigos do Pico do Jaraguá, a equipe do Pró-Cultura catalogou ao menos 5 novas espécies durante a sua jornada pelo conhecimento. O passeio foi realizado com fins científicos pela Universidade de Férias do PCO, nos dias em que o curso não foi realizado, para incentivar a convivência entre os companheiros.
Além da trilha que os companheiros fizeram, buscando desvendar os mistérios do Jaraguá, os nossos aspirantes a Darwin também visitaram uma espécie de castelo abandonado no meio do acampamento, encontrando vestígios macabros de uma ocupação ancestral.
Em suas jornadas pelo Beagle tupiniquim, nossos camaradas foram guiados pelo Victor Assis e pelo Eduardo Vasco, responsáveis pela viagem. Aqui, como demonstra a foto a seguir, eles guiaram os nossos aventureiros pelas duras jornadas que se seguiram.
Logo de início, foi encontrada uma placa, indicando que se tratava do Parque Estadual do Jaraguá, com um grande casarão histórico por trás. Até aí, tudo estava dentro dos conformes e não se apresentava nada de anormal. Mal sabiam os seguidores da trilha do silêncio o que os esperaria.
Ao adentrar o mato, os revolucionários enfrentaram o primeiro problema, digno da Sierra Maestra: o camarada Paggiaro sofreu um severo acidente. Caiu no rio dos mais perigosos, envolto por lendas sinistras. Elas contam que os corpos dos antigos índios mortos como sacrifícios aos deuses pagãos eram depositados neste rio. Além do mais, o rio é cheio de jacarés, cobras, enguias e, até mesmo… dizem, o monstro do Lago Ness visita tal inferno terrível ao qual o companheiro Paggiaro foi submetido.
Por sorte, os demais companheiros estavam a postos e saíram em socorro do nosso militante. Não se sabia, até o momento, quem era o camarada na foto salvando o Paggiaro, mas ele era parecido com o Thiago Assad. As fotos do momento marcam a forte apreensão de toda a situação; muita coisa estava em jogo. A vida, a morte, o caos, a maldição eterna para aqueles que creem na metafísica da coisa e um quê de suspense.
Entretanto, as bizarrices não acabam por aí. Uma nova espécie exótica que foi descoberta na viagem se integrou à trilha. É a espécie raríssima Priguitius gavassius (ou, em tradução para o português, “Preguiça Gavassi”, tendo sido chamado coloquialmente, ainda, de “Gavassi-preguiça”).
O Gavassi, que é uma preguiça, desenvolveu uma relação amistosa com os homo sapiens sapiens que estavam na trilha. Como prova da amizade com os outros membros da trilha, ele posou para algumas fotos, e permitiu que fosse feito os primeiros registros dessa espécie.
A surpresa de Paggiaro, que havia acabado de ser salvo da morte, não pode ser contida ao descobrir a nova espécie logo em seguida. Que aventura! Da quase-morte até a valiosíssima descoberta humana.
Além dele, os bravos camaradas catalogaram também uma outra espécie, um pouco depois, que parece uma contradição em termos: o tamanduá-abelha. A dialética natural se impõe com todo seu vigor nesta espécie.
Cheio de si, Eduardo Vasco, um dos grandes desbravadores desta aventuras – fazendo jus à seu grande nome de navegador –, aparece imponente em uma foto, colocando diante de si toda a floresta. Estava, afinal, subjugando a natureza aos seus fins e aos fins da ciência: salvou Paggiaro, descobriu o Tamanduá-abelha e encontrou o Priguitius gavassius! Ainda mais, encontrou-o fora de seu habitat natural, que é o Rio de Janeiro. Apenas havia conseguido vitórias até agora. Mas será que não havia comemorado cedo demais?
Mal sabia Eduardo Vasco que ele estava totalmente enganado. Seu camarada de viagem, João Scarpanti, que foi quem outrora salvou Paggiaro, não era quem se pensava ser. Na realidade, ele é o irmão gêmeo do mal de Thiago Assad; e, perto do fim da viagem, travou uma violenta luta sangrenta contra o Vasco.
O maligno Scarpanti sacou uma espada do chão, à moda pirata, e atacou o Eduardo Vasco. Com um reflexo sine qua non, Vasco conseguiu desviar do golpe, sacar outra espada do parque e reagir contra Scarpanti. Desde então, desenrolou-se uma dura, longa e sangrenta batalha entre os dois aventureiros. Foi revelado a todos a verdadeira natureza do careca pouco conhecido, que surgiu à cena se aproximando da equipe e salvando a vida de Paggiaro: era um pirata da cidade de Franca! E veio buscar a cabeça de Vasco em busca de uma grande recompensa em moedas de ouro.
Os demais companheiros estavam em outros lugares e não puderam socorrer Vasco. O Victor Assis, por exemplo, estava muito ocupado andando pelo bosque com o camarada conhecido como “Seu Domingos”; Victor estava apresentando as paisagens naturais para seu amigo. O Paggiaro seguiu os camaradas Victor e Domingos; e o Gavassi entrou em simbiose com uma árvore e não podia fazer nada para ajudar o Vasco.
No entanto, Eduardo Vasco era ágil. Conseguiu reagir à altura contra o pirata de Franca, desarmá-lo e trazer a luta para a selva, onde o francano não sabia como agir. Ao final, o companheiro Vasco deu um mata-leão no malvado pirata e conseguiu salvar o dia na mais emocionante das trilhas já feitas na história das Universidades de Férias.
Na próxima matéria destinada a relatar os passeios extraordinários, contaremos, no DCO, a história do passeio pelo castelo abandonado, feito pela camarada Lena Maués, a e-girl do PCO, pelo guia Eduardo Vasco e pelo Gavassi, além de ter contado com a participação de outros camaradas, que também se inseriram na emocionante aventura.