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Balzac foi o tema do Arte e Revolução dessa quinta

Programa tratou sobre as obras e as críticas do escritor frances Balzac

Importante escritor francês, Honoré de Balzac publicou, aproximadamente, cem romances, com mais de 2.000 personagens diferentes. As obras do artista estão todas interligadas, com personagens de seus primeiros romances aparecendo em histórias posteriores. Com isso, ele criou um quadro geral da sociedade como se estivesse produzindo uma só obra. Entre os seus principais livros estão ˜A Mulher de Trinta Anos˜, assim como ˜A Comédia Humana˜. Balzac foi o assunto principal do programa Arte e Revolução dessa última quinta-feira, do qual participaram os companheiros Rui Costa Pimenta, Antonio Vicente Pietroforte, Henrique Áreas e Natália Pimenta.

Logo no começo, Rui explicou quem foi Balzac e comentou sobre o romance ˜A Comédia Humana˜: ˜A obra é uma referência à ˜Divina Comédia˜, de Dante Alighieri, que mostra o mundo sobrenatural e o Balzac mostra a sociedade natural, as pessoas que estão ali. Entao, ele começa se destacando já pelo fato de ser um escritor meio monstruoso˜. Outro dado referente ao autor é que ele escrevia para pagar as dívidas, um dos fatores que explicam a quantidade de obras feitas por ele, e tudo era publicado, assim como lido pelas pessoas na época, sendo um dos escritores mais bem-sucedidos do século XIX. ˜Eu tenho um livro sobre o Balzac cujo título é ˜O guardião das letras˜, quer dizer, ele seria o Napoleão Bonaparte da literatura, comparação muito apropriada. A primeira metade do século XIX é marcada pela ascensão da burguesia europeia, um fenômeno universal. Quando acontece a Revolução Francesa, isso afeta a Europa inteira e o mundo inteiro. E o Napoleão Bonaparte é uma figura desse momento em que a ascensão da burguesia é uma coisa vertiginosa. A burguesia começa uma ascensão gigantesca que vai acabar, dali a 70 anos, nos grandes monopólios capitalistas. É um momento em que a burguesia desenvolve com mais ímpeto as forças produtivas e a sua posição social, o que permite o surgimento de grandes personalidades em todas as áreas. E o Balzac representa essa tendencia na literatura, ele é o escritor por excelência da burguesia˜.

Com relação a como a sociedade era retratada nos livros, Rui comentou o seguinte: ˜Balzac não fala de uma sociedade abstrata, idílica, sentimental. Os livros dele retratam a sociedade de carne e osso. Tanto que várias pessoas já destacaram que talvez o grande personagem dos romances balzaquianos é o dinheiro. Balzac tem um conhecimento enciclopédico do funcionamento da sociedade. Isso se deve ao fato de que ele, além de ser um escritor, ele também se envolveu em uma série de negócios que ele tentou viabilizar e que acabaram indo à falência. Ele era meio que um maníaco dos planos econômicos˜. Sobre o posicionamento político de Balzac, ele era adepto de teorias reacionárias: ˜Balzac escreveu um prefácio para ˜A Comédia Humana˜ onde falou: `Fui guiado sempre por um princípio claro, que é a defesa da unidade do trono e do altar`. Segundo esse prefácio, ele seria um dos escritores mais reacionários da França˜. No entanto, Marx destacou uma contradição sobre o escritor, afirmando que ele era uma pessoa com ideias reacionárias, mas um dos escritores mais revolucionários daquele período, porque ele fazia fortes denúncias contra o capitalismo em seus romances.

Uma das melhores obras de Balzac, ˜As ilusões perdidas˜, retrata a situação de dois jovens, sendo que um quer ser escritor e o outro é um cientista que procura um novo método para a produção de papel. Ambas as personagens acabam sendo frustradas em seus sonhos. ˜Nesse livro, ele mostra o funcionamento da indústria, dos negócios, do jornalismo francês, da literatura, da alta sociedade, ele mostra tudo˜, disse Rui que ainda falou sobre como é classificada a literatura do escritor: ˜Na França, há os escritores românticos e, depois, aparece o naturalismo. Balzac é considerado um escritor romântico, mas, na verdade, ele é realista˜.

Rui também falou sobre as personagens femininas de Balzac: ˜Ele tinha predileção pelas personagens femininas. No livro dele aparece sempre a simpatia pela mulher, como sendo uma vítima preferencial da sociedade. E não é uma coisa exclusiva dele. Muitos escritores tiveram isso daí. Olham a situação da mulher e simpatizam, é comum. Na sociedade você vê sempre, não é uma coisa do século XIX. Você vê mulheres que são inteligentes e que estão completamente acorrentadas, têm as suas vidas frustradas pelas condições em que vivem˜.

O programa sobre Balzac, na íntegra, pode ser acompanhado a partir do endereço abaixo:

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