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Arbitrariedade

Abaixo a imposição de campos de concentração!

Os direitos democráticos devem ser respeitados, independente para quem sejam

A manifestação bolsonarista que ocorreu em Brasília neste último dia 8 foi um grave aviso ao governo Lula. As manifestações que invadiram os três poderes foram muito significativas, não pelos atos em si, mas sim pelo fato da ação ocorrer com total facilidade. A operação teve como objetivo causar um grande dano político ao governo Lula, sendo um golpe importante contra o governo do Partido dos Trabalhadores e revelou que há em marcha uma operação ainda maior em marcha contra o governo eleito.

No entanto, em contrapartida a este problema, setores da ala direita do governo, que se mostraram incapazes de prever as manifestações, e a burguesia golpista, decidiram lançar-se em uma dura campanha contra o suposto “terrorismo” das manifestações. Em uma guinada à direita de todo um importante setor da esquerda pequeno-burguesa, o tema central da campanha contra o crescente movimento golpista é menos em defesa do governo eleito pelos trabalhadores e mais sobre repressão. Nesse sentido, a burguesia, aproveitando-se do clima e da histeria de setores da pequena-burguesia, decidiu lidar com métodos autoritários, com aqueles manifestantes que nada mais são que sujeitos comuns.

Dessa forma, após dispersar a manifestação, a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal, levaram mais de mil manifestantes para galpões em Brasília, onde, tal como em um campo de concentração, estão sendo mantidos em condições inumanas. Os vídeos divulgados na internet mostram idosos, pessoas comuns, dormindo no chão de galpões, de forma totalmente desorganizada, sem condições básicas sendo fornecidas enquanto são vigiadas por polícias.

Segundo a própria imprensa burguesa, são mais de 40 ônibus foram utilizados na remoção de ao menos 1.500 manifestantes da direita que estavam nos acampamentos em Brasília. Os manifestantes, foram levados para a superintendência da Polícia Federal, com sua situação ainda indefinida. O que afirma a polícia, é que os manifestantes serão levados posteriormente à prisão, na medida que forem julgados pela justiça brasileira. A imprensa ainda afirmou que os bolsonaristas estão sendo fichados e inclusive, colocados para responder por tentativa de golpe de Estado.

O tratamento dado aos manifestantes bolsonaristas é uma política típica da direita, não da esquerda. Os manifestantes nada mais são que pessoas comuns, que foram à Brasília protestar. No passado, a esquerda muitas vezes entrou no Palácio do Planalto, e parou Brasília com manifestações ainda maiores. Por isso, setores como a Rede Globo, e a totalidade da burguesia golpista, vibram com a repressão.

Na prática, quem está sendo mantido nos campos de concentração não são os verdadeiros golpistas. A polícia não irá prender os empresários que financiam a operação, muito menos todo o setor da burguesia e das forças armadas que vem cooperando com a estruturação de uma campanha golpista contra Lula. O que está sendo feito hoje, é o tratamento que a polícia sempre deu ao povo pobre brasileiro, e que pretende dar à esquerda no próximo período.

Apesar de ser governo, a esquerda, como já ficou claro pelas manifestações bolsonaristas, não possuí qualquer controle das forças de repressão do Estado. Hoje quem reprime os bolsonaristas é a polícia controlada pela burguesia, que no dia de amanhã, será linha de frente contra os trabalhadores e o governo por eles eleito.

Os direitos democráticos devem ser respeitados, independente para quem sejam. Campos de concentração, tratamento como “terroristas” de manifestantes, e a prisão de milhares de pessoas são ações autoritárias. A repressão contra os bolsonaristas, apenas serve para inflar a mobilização da direita e rebelar estes setores que estão presentes nas forças armadas e nas polícias. A esquerda não ganha nada com a repressão, na realidade, apenas impulsiona a mobilização golpista contra Lula.

A esquerda não tem em suas mãos poder nenhum a não ser o da própria mobilização popular. Para conter os atos contra o governo eleito pelo povo, a esquerda deve sair às ruas. Sair às ruas não exigindo justiça, ou mais repressão por parte das forças de repressão do Estado, que na prática são inimigas do governo Lula, mas sim mobilizando em defesa do governo eleito, contra o golpismo da burguesia e em favor das revindicações dos trabalhadores.

Os campos de concentração que hoje servem para reprimir figuras secundárias, e em grande medida pessoas comuns da extrema-direita brasileira, no próximo período podem ser facilmente utilizadas para aprisionar toda a esquerda nacional. 

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