O tiro que sai pela culatra

Contra o imperialismo, Rússia responde sanções ao petróleo russo

Sanções do imperialismo à Rússia são na verdade uma sanção a si mesmo

 Em mais uma medida de ataques contra a Rússia devido à operação especial na Ucrânia contra a guerra promovida pela OTAN, a União Europeia, em um oitavo pacote de sanções contra o país, estabeleceu um teto para o valor pago pelo petróleo russo.

O teto estabelecido em dezembro, que será obedecido tanto pela União Europeia quanto por todo o G7 e pela Austrália, é de US$60 por barril e será revisto a cada dois meses para que o montante possa se manter sempre pelo menos a 5% abaixo do valor indicado pela Agência Internacional de Energia (AIE).

Em resposta a esse ataque sofrido pelo Ocidente, o Kremlin decidiu que a Rússia iria reduzir a sua produção de petróleo em cerca de 7%, o equivalente a 700 mil barris de petróleo por dia, já em janeiro de 2023.

A diminuição na produção do combustível decorre do fato de que o Kremlin irá cortar o fornecimento tanto de petróleo como de derivados para os países que aderirem ao teto de preços.

Com a diminuição na oferta do petróleo, ocorre que, ao contrário do que pretende o imperialismo, mais uma vez, as sanções aos russos servirão apenas e tão somente para prejudicar a população dos países sancionadores, já que a escassez do produto fará aumentar bastante o preço pago pelo povo.

Segundo o economista de energia internacional Mamdouh Salameh: “É improvável que o teto de preços imposto pelo Ocidente ao petróleo bruto russo tenha um grande impacto nas exportações da Rússia e só vai levar a mais escassez no mercado global”.

Ainda segundo Salameh, o plano do imperialismo para prejudicar a Rússia com o preço do petróleo deverá fracassar pelo fato de que o Kremlin não depende daqueles países para exportar o seu petróleo.

“Além disso, a Rússia pode abastecer a China, seu maior cliente, por meio de oleodutos que conectam os dois países e também pela Rota Marítima do Norte, do Ártico russo à China, reduzindo o tempo de embarque pela metade”, afirmou o economista.

A Europa já amarga as consequências do corte de fornecimento de gás natural russo provindo do gasoduto Nord Stream 1. Devido à diminuição na oferta, a população tem sido obrigada a pagar contas de energia altíssimas e ainda assim provavelmente não terá como gerar aquecimento no próximo inverno caso a Gazprom, petroleira russa, decida cortar por completo o fornecimento.

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