A 49ª edição da Universidade Marxista do Partido da Causa Operária é uma atividade de grande sucesso. O curso “Brasil: uma interpretação marxista de 500 anos de história” é uma importante ferramenta na luta contra a infiltração do imperialismo dentro da esquerda e pela soberania nacional.
Neste ano, aprendemos, através das brilhantes exposições do companheiro Rui Costa Pimenta, que a colonização brasileira não foi, como querem fazer crer alguns setores da esquerda influenciados pelo imperialismo, um gigantesco genocídio de índios.
Ao contrário, os portugueses tiveram uma política de assimilar os índios à sociedade brasileira. Além disso, a forma como os portugueses desenvolveram a atividade econômica nos primeiros séculos da colonização foi algo único para aquele momento da história. Foi o desenvolvimento de uma economia verdadeiramente capitalista, num período em que todos os outros países aplicavam em suas colônias agriculturas de subsistência.
A questão da Independência também foi uma grande discussão. No ano em que se completaram 200 anos do Grito do Ipiranga, a esquerda pequeno-burguesa passou uma verdadeira vergonha, atacando a independência nacional com os mais absurdos argumentos.
Na Universidade Marxista, vimos que a Independência foi o princípio de uma revolução burguesa no Brasil, e que Dom Pedro I foi uma figura extremamente importante, decidida e, num certo sentido, revolucionária. Foi o Príncipe Regente que, mesmo sendo membro da Coroa Portuguesa, lutou com tudo que pôde para que o Brasil se tornasse um país independente.
A esquerda pequeno-burguesa, influenciada por uma política elaborada pela alta burguesia nacional serviçal do imperialismo, procura atacar todos os acontecimentos de nossa história. Seus ataques têm a função de acabar com a autoestima nacional e preparar politicamente a ideia de que o Brasil deve se subjugar aos Estados Unidos e outros países imperialistas.
Não há nada mais importante do que conhecer de fato a história nacional, por uma análise científica dos acontecimentos, para concluir que o Brasil mais precisa é valorizar sua história e suas lutas, de modo a mobilizar seu povo para um eventual enfrentamento com o imperialismo.
O curso sobre História do Brasil da Universidade Marxista demonstrou isso ao longo do ano e deverá continuar com esse mesmo objetivo a partir do próximo ano, com a segunda parte do Módulo 2 (“O Império Tropical”) e os próximos módulos também.