Desde 2010 não se consumia tão pouco gás de cozinha no Brasil. A queda se deu pelo aumento absurdo do preço do botijão e pela diminuição dos salários.
Item essencial nos lares, a população se viu obrigada a trocar o gás de cozinha pela velha e boa lenha. No campo ela nunca deixou de ser usada, mas nas cidades o seu uso estava restrito a parcelas da população que viviam desabrigadas nas ruas. Mas, com a crise econômica decorrente do golpe de estado de 2016, a população do campo encostou o fogão a gás e está usando o fogão a lenha 100% do tempo.
Enquanto isso, nas cidades onde o uso do fogão a lenha, que já não era usado desde os anos 50 e 60, voltou a ser a segunda ou primeira opção para a falta de dinheiro para comprar o gás de cozinha. Enquanto a classe média tem condições de construir um fogão a lenha eficiente e seguro, a maioria, ou seja, os mais pobres, improvisam com restos de tijolos, pedras e grades, e com isso correm o sério risco de acidentes, como já amplamente divulgado pela imprensa.
A região sul do país foi a que mais diminuiu o consumo de gás, com uma redução de 15,9% comparando o mês de julho de 2022 com o mesmo mês de 2021 (Dados da ANP). Em julho de 2021, o consumo de gás já havia caído 3,5% em relação a 2020. Enquanto isso, o lucro dos acionistas da Petrobras e outros gigantes do gás e do petróleo só aumenta.
Essa é a face mais cruel da política neoliberal implantada no país por FHC, freada por Lula e Dilma, e continuada por Temer e Bolsonaro. Enquanto a população passa fome, os parasitas de Wall Street engordam suas riquezas. Para acabar com isso é preciso levar a cabo um governo dos trabalhadores sem acordo com golpistas e traidores do país.