Mesmo com toda campanha contrária à seleção brasileira, nossa equipe segue realizando uma campanha perfeita na Copa do Mundo do Catar. O clube dos países que, até o momento, possuem 100% de aproveitamento (ou seja, venceram todas as partidas que jogaram), é extremamente restrito. Composto apenas por Brasil e Portugal.
Aqui, vale ressaltar a campanha do Brasil até o momento.
Nas eliminatórias, a Sérvia venceu de virada a equipe portuguesa na última rodada em Lisboa por 2 a 1. Já a Suíça desbancou os italianos, tetracampeões da Copa, e se classificou para o torneio mundial.
Isso comprova que os times da Sérvia e da Suíça não estão participando da Copa por mero acidente, por enfrentarem equipes menores. Ambas as seleções tiveram destaque nas eliminatórias europeias, que são uma das mais disputadas do mundo.
Porém, nada disso serve para deter a campanha baixa e moralista levada adiante pela imprensa golpista e pela esquerda pequeno-burguesa, ambas subservientes do imperialismo mundial.
Para eles, os jogadores brasileiros deveriam não apenas se dedicar ao esporte que praticam, mas estudar a fundo a política identitária, suas armadilhas linguísticas, sua falsa defesa dos oprimidos e, quem sabe, atacar a história de nosso país para, durante alguma coletiva, se desculparem pela colonização portuguesa, nossa independência insuficiente e culpar a escravidão por todos os males do Brasil.
Encarar o mundo real não é o forte desses setores. Nele, as coisas acontecem de maneira totalmente contrária de suas imaginações: jogadores de futebol são, em sua esmagadora maioria, jovens de origem pobre. Alcançam o sucesso financeiro sendo explorados pelos grandes capitalistas do futebol e não possuem graduações acadêmicas necessárias para desenvolver teses absurdas sobre filosofia, história e sociologia.
Nesse sentido, o povo brasileiro tem sorte. Seria algo realmente frustrante se, ao invés da tradicional irreverência do jogador brasileiro dentro e fora de campo, nossos jogadores resolvessem atacar Dom Pedro I, criticar abstratamente o bandeirantismo e divagar sobre teses como o “racismo estrutural” e o famoso “lugar de fala”. Todos absurdos provenientes do identitarismo.
Somente assim a equipe brasileira conquistaria os corações da esquerda pequeno-burguesa e da imprensa golpista, mas com toda certeza não seriam suportados pelo povo brasileiro real.
Não é por acaso que diversos países atrasados que não tiveram suas equipes classificadas para a Copa do Mundo, como a Índia, Bangladesh e Cuba, torcem pela nossa seleção. Que venha o Hexa para alegria do povo brasileiro e de todo povo oprimido do mundo.