Em 26 de outubro de 1950, 300 mil soldados do Exército Popular da China entram na Coreia do Norte para combaterem juntos o imperialismo e sua política de divisão arbitrária de países. O fato fez pender a balança do conflito, barrando a ofensiva do Sul em direção ao Norte e criando novo equilíbrio. As forças imperialistas que atuavam no Sul, como os exércitos norte-americano da ONU, após sucessivas derrotas tiveram de recuar até o Paralelo 38, que corresponde, grosso modo, à atual linha divisória entre os dois países.
A guerra permaneceu relativamente equilibrada, com a também maior participação da União Soviética após a entrada dos chineses, já que a burocracia soviética não queria perder sua influência na Ásia, consolidando assim a existência de dois países em 1953, com o fim do conflito.
Na batalha de Onjong, as forças da Coreia do Sul foram massacradas pelos chineses. Em 1º de novembro de 1951, soldados da China e dos Estados Unidos travaram seu primeiro combate na guerra na batalha de Unsan, os chineses saíram novamente vitoriosos. Os norte-americanos tentam uma contraofensiva em 24 daquele mês, mas são repelidos pelas forças chinesas, que lançam, em 25 de novembro, uma grande ofensiva contra os exércitos imperialistas aliados (EUA e Reino Unido) e as próprias força Sul coreanas, uma batalha violentíssima que deixou como saldo mais de 50 mil mortos, desaparecidos e feridos.
Mesmo com mais baixas, as forças chinesas saíram novamente vitoriosas. Em suma, a ação do exército chinês, ainda que sua intercessão tenha sido limitada, foi decisiva para a derrota parcial do imperialismo na Ásia.
A guerra da Coreia teve início em 1950 e durou três anos. Um conflito violento, estima-se que morreram mais de 2,5 milhões de pessoas. As raízes do conflito se encontram na divisão criminosa do país após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A Coreia, vítima do imperialismo desde 1910, quando foi, de maneira criminosa, colonizada pelo Japão, que impôs ao país e a sua população os mais terríveis flagelos, lutou pela sua independência contra os japoneses na Segunda Grande Guerra.
O imperialismo vitorioso, no entanto, quis sua parte no espólio e, logo, o país foi dividido: uma parte ficou subjugada pelos novos senhores, enquanto o Norte lutou pela independência apoiando-se, primeiro, na União Soviética, dominada pela burocracia reacionária e, depois, pelo impulso da Revolução Chinesa em 1949.