Vira-latismo

Globo ataca Lula e diz que Brasil não merece ser uma grande nação

Maior monopólio da comunicação do País é o principal agente do imperialismo no Brasil

Para quem pensava que a Globo estava com Lula, as manchetes dos últimos dias devem ter sido um banho de água fria. Apenas matérias negativas, destacadamente sobre a questão econômica do futuro governo. O dólar sobe, a bolsa cai, os agentes do mercado financeiro reclamam e os “aliados” de direita mostram decepção.

Um editorial de ontem do jornal O Globo acusou Lula de testar a paciência “dos mercados” e “de todos os brasileiros que sabem fazer contas”, atacando a pretensão do novo presidente de usar o dinheiro público para programas sociais em benefício do povo. A Globo, como representante do imperialismo no Brasil, quer que o dinheiro do povo seja desviado ─ como sempre fizeram os governos brasileiros ─ para a conta dos especuladores financeiros, verdadeiros sanguessugas do Tesouro nacional.

Pior ainda fez o colunista Merval Pereira, conhecido como a “voz de Deus”, isto é, o porta-voz da Família Marinho, dona da Globo. Na quinta-feira (17), criticou o discurso de Lula na COP27 ─ um discurso digno de um líder nacionalista, apresentando-se como liderança dos países oprimidos, reivindicando a completa soberania brasileira sobre a Amazônia, a transferência de tecnologia para a África, afirmando que vai cobrar os países avançados e exigindo a ampliação do Conselho de Segurança da ONU para que os países pobres sejam incluídos. Também denunciou que os países ricos são os responsáveis pela pobreza da maioria das nações do planeta.

Mas, para Merval Pereira ─ ou seja, para os donos da Globo ─ essa posição não passa de “megalomania lulista de querer ser um negociador internacional”. O que isso significa? Ora, simplesmente que a Globo acha que o Brasil não deve ser uma grande nação, não pode aspirar a independência e, muito menos, fazer frente às grandes potências mundiais. O Brasil não pode ter um papel relevante no cenário internacional, tem que ser um país de segunda, terceira, quarta, quinta categoria. Tem que ser um vassalo que apenas segue ordens dos países imperialistas, em particular dos Estados Unidos. Para a Globo, o Brasil não merece nada, o povo brasileiro é um lixo, não somos aptos a aspirar absolutamente nada no mundo.

“Quem o Brasil pensa que é?” ─ é isso o que Merval Pereira e a Globo querem dizer quando chamam Lula de megalomaníaco. O Brasil não pode ser grande, tem que ser pequeno. Porque os pequenos são fracos e mais facilmente oprimidos e castigados. “O Brasil tem que ficar quieto no seu lugar”, pensa a Globo. Aliás, é o que pensa praticamente a totalidade da burguesia brasileira, subserviente aos grandes capitalistas estrangeiros.

É por esse motivo que a Globo, assim como o conjunto da burguesia brasileira, não queria a volta de Lula ao governo. Executaram o golpe de 2016, retiraram Dilma Rousseff do poder, prenderam Lula e elegeram Bolsonaro. Quiseram emplacar uma terceira via neoliberal em 2022, mas falharam miseravelmente. Injetaram quase R$100 bilhões em Bolsonaro e coagiram os trabalhadores de milhares de empresas para evitar a vitória de Lula, mas não adiantou.

No entanto, a sabotagem contra o Brasil continua. A Globo, que parte da esquerda pensa ser uma aliada, não passa de um agente do imperialismo. Foi criada, em 1965, por uma empresa norte-americana, a Time-Life, porque Roberto Marinho havia sido peça-chave no golpe militar. Desde então, a Globo é a maior promotora da propaganda privatista e neoliberal, de entrega dos recursos e riquezas nacionais aos grandes monopólios imperialistas. De submissão do Brasil aos Estados Unidos e à Europa. De promoção da ideologia identitária, antipopular e antinacional.

A Globo é a maior inimiga do Brasil e precisa ser confiscada, sem choro nem vela. Esse monopólio da comunicação é um câncer que precisa ser extirpado. Sua propriedade precisa ser coletivizada e repartida entre os movimentos sociais, sindicatos e demais organizações populares. Por que uma família de grã-finos tem o privilégio de ter uma concessão pública de rádio e TV, enquanto a CUT, o MST, as universidades e demais órgãos representativos não têm direito a nada ou quase nada?

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