O presidente eleito para seu terceiro mandato Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em seu discurso na COP27, realizada no Cairo, no Egito, que seu governo terá como um dos compromissos fundamentais a preservação do meio ambiente.
Ele criticou duramente o governo Bolsonaro por servir aos interesses dos grandes capitalistas na exploração e destruição do campo brasileiro. “Vamos recriar todas as organizações e fortalecer os sistemas de fiscalização que foram desmontados nos últimos quatro anos”, falou.
E continuou: “Vamos punir com todo o rigor os responsáveis por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida. Esses crimes afetam, sobretudo, os povos indígenas.”
Como medida concreta, Lula afirmou novamente que vai criar o Ministério dos Povos Originários, para que os índios possam apresentar uma política ao governo que atenda aos seus interesses. E disse que são os habitantes da região amazônica que devem ter voz junto ao governo nas questões da floresta, sempre pensamento em seu desenvolvimento econômico, redução da desigualdade social e sustentabilidade ambiental.
“Por isso vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas apresentem ao governo propostas de políticas que garantam a eles sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários e aqueles que residem na região amazônica devem ser os protagonistas da sua preservação. Os 29 milhões de brasileiros que moram na Amazônia têm que ser os primeiros parceiros, agentes e beneficiários de um modelo de desenvolvimento local”, disse Lula.
O governo vai explorara “com responsabilidade a extraordinária biodiversidade da Amazônia, para a produção de medicamentos e outras coisas”. Disse que o Brasil vai mostrar que é possível “promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica”.
Chamou o agronegócio a investir em ciência, tecnologia e educação no campo.