O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi bastante aplaudido durante seu discurso hoje (16) na COP27, realizado no Cairo, quando destacou o combate à fome como uma necessidade central vinculada à preservação ambiental.
“A luta contra o aquecimento global é indissociada da luta contra a pobreza e por um mundo menos desigual e mais justo”, destacou.
Disse que o Brasil voltará a ser protagonista nas relações internacionais para criar um “mundo capaz de acolher a totalidade de seus habitantes, e não apenas uma minoria privilegiada”.
“Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e morte, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer”, afirmou.
Ao falar sobre os desastres naturais na África, o continente que menos emite poluentes, Lula disse que “a desigualdade entre ricos e forços manifesta-se até mesmo nos esforços para a redução das mudanças climáticas”.
“O 1% mais rico da população do planeta vai ultrapassar em trinta vezes o limite das emissões de gás carbono necessário para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse a meta de 1,5°”, disse.
Chamou à cooperação do Brasil com os países pobres, sobretudo da África, com investimentos e transferência de tecnologia. “Estreitar novamente a relação com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos” ─ isso será prioridade, destacou. Assim como “lutar por um comércio justo entre as nações”.
Lula disse ainda que “precisa haver recursos destinados aos países pobres para combater os problemas criados, em grande medida, pelos países ricos, mas que atingem de maneira desproporcional os mais vulneráveis”.
“Não haverá futuro enquanto continuarmos cavando um povo sem fundo de desigualdade entre ricos e pobres”, indicou também.