A seleção dos Estados Unidos de Futebol, na Copa do Mundo do Catar, usará um logotipo da equipe com tema de arco-íris em seu centro de treinamento e na sala de imprensa, em um suposto apoio a comunidade LGBTQIA+. É um confronto direto com o país, visto que o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é ilegal no Catar. O desenho apresenta sete listras verticais nas cores do arco-íris abaixo de “USA”, e faz parte da iniciativa “Be The Change” (“seja a mudança”) que a equipe adotou em 2020. Nada mais demagógico e desrespeitoso do imperialismo com o Catar, sendo atacado pelo identitarismo imperial norte-americano.
O Catar é um país religioso, independente e de uma cultura muito antiga. Quem deve colocar em pauta assuntos de liberdade tanto sexual quanto religiosa é a própria população do Catar. Os Estados Unidos decidirem interferir e causar qualquer movimento de propaganda, é uma típica posição de um país imperialista acostumado a invadir e massacrar outros povos. Os Estados Unidos já foram responsáveis por inúmeras guerras no mundo, como Vietnã, Líbia, Iraque e Afeganistão. São mais de 35 guerras e estima-se quase 15 milhões de mortos. O país que mais matou inocentes na história da humanidade agora se diz “preocupado” com a comunidade gay? Isto é um exemplo de como os EUA usa o identitarismo para desestabilizar países.
Iniciativa semelhante foi feita pela seleção da França, outro país imperialista, que iria usar as cores do arco-íris na braçadeira do capitão. Contudo, Hugo Lloris, capitão do time, foi direto: “Quando recebemos estrangeiros, queremos respeito às nossas regras e culturas. Farei o mesmo no Catar”, em um posicionamento contra o uso.
De fato, a equipe de futebol americana é muito fraca e todos sabem que o time não tem nenhuma capacidade de chegar às finais e conseguir um título. Só serve para desmobilizar a competição e atacar um país que possui muito dinheiro, porém muito atrasado. Nesse movimento há também o ataque ao próprio futebol e à população, com propaganda por boicote à Copa. Promover estes tipos de “boicotes” à Copa do Mundo, o maior evento esportivo em audiência, é um ataque inclusive à classe operária, que é apaixonado por futebol. De nenhuma maneira estas posições são progressistas, mas são, sim, reacionárias.
Os Estados Unidos jamais na sua história promoveu qualquer movimento progressista para os países subdesenvolvidos. Sua política sempre foi a exploração, guerras, ditaduras e desprezo. Agora, se utilizam do identitarismo e dos gays para continuar sua máquina de opressão dos países e de suas populações pobres e exploradas.