Mesmo derrotado nas eleições em outubro, o governo Bolsonaro ainda não acabou e enquanto restar tempo o regime golpista vem buscando garantir o maior número de ataques possíveis à economia nacional e aos trabalhadores brasileiros. O mais novo ataque é contra a Petrobras, onde o último ativo da empresa na Bahia, o Polo Bahia Terra, voltou a entrar na mesa de negociação para a entrega completa do polo à iniciativa privada.
O Polo Bahia Terra, engloba os campos de produção e extração de petróleo e gás de Aracas, Balsamo, Buracica, Imbé, Taquipe, Santiago, além dos Parques Recife, São Sebastião e São Paulo, e da Estação Vandemir Ferreira. Conforme apurado pelo sindicato dos petroleiros, o ativo está sendo vendido para duas empresas, a PetroReconcavo e a Eneva, por um valor que não engloba os lucros potenciais da exploração na área. O polo não é apenas o único existente na Bahia, como também, o último que ainda não foi entregue para os capitalistas estrangeiros em todo o Brasil.
O sindicato denuncia a operação golpista que já vem resultando em “drásticas reduções de impostos, de postos de trabalho, além de combustíveis caros, o que vem impactando profundamente a economia baiana. A Bahia está sofrendo e a situação tende a piorar com a venda do Polo Bahia Terra”.
No marco do aniversário de 70 anos da Petrobras, o regime golpista está para entregar a empresa por completo ao imperialismo. Com a venda do último ativo na Bahia, a Petrobras entrará em 2023 ainda mais enfraquecida e saqueada pelos acionistas estrangeiros, um verdadeiro crime contra a soberania nacional, como também contra o povo brasileiro.
O recém eleito governo Lula, assim que assumir, precisa desenvolver uma política em aliança com os trabalhadores petroleiros na defesa da estatal. É preciso defender uma Petrobras 100% estatal que sirva aos interesses do povo brasileiro, do desenvolvimento da economia e da soberania nacional. O País, vem sofrendo duros ataques durante os últimos 6 anos sob o golpe de Estado, é preciso mais do que nunca reagir a esta política, com uma resposta contundente de Lula e da mobilização dos trabalhadores.