Neste dia 12 de novembro, completou-se três anos da aprovação da criminosa reforma da previdência. Recebendo homenagens da imprensa burguesa, a reforma lançada no Congresso Nacional previu uma enorme redução dos gastos públicos a medida em que tira do trabalhador seu direito a aposentadoria.
As mudanças realizadas, dentre toda uma nova legislação, tiveram como principais impactos o aumento da idade mínima para se aposentar, fixada em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, além de regras de transição para os que já trabalhavam e uma nova base de cálculo para o valor da aposentadoria, que foi responsável por reduzir quase que pela metade o salário recebido pelos aposentados brasileiros.
A burguesia comemora os resultados, são 156,1 bilhões de reais economizados, um valor que chega a ser quase 80% maior do que o esperado na época em que fora aprovada a reforma. No entanto, para onde foi todo esse dinheiro? Acompanhando a reforma da previdência, o regime golpista não só cortou do aposentado, como também retirou direitos de todas as camadas populares. No fim, a grande economia realizada foi, na realidade, um verdadeiro assalto ao bolso do trabalhador para permitir a manutenção das políticas favoráveis aos banqueiros e acionistas no País.
Para manter os lucros dos bancos e dos capitalistas, o trabalhador agora precisa trabalhar muito mais do que o previsto para garantir o direito à aposentadoria. Como não bastasse, os inúmeros cortes no benefício provocaram uma redução na contribuição previdenciária, como também, o governo vem forçando muitos a adotarem a iniciativa privada como forma de “garantir” seu sustento futuro, um verdadeiro golpe.
Além de impedir a aposentadoria de milhões de brasileiros, a reforma criminosa do regime golpista também vem obrigando muitos trabalhadores que já poderiam estar aposentados a continuarem trabalhando, devido ao valor cada vez mais baixo recebido pelo benefício. Assim, a reforma da previdência concretizou-se em um assalto aos trabalhadores maior do que o próprio regime golpista anunciou de início, um verdadeiro crime contra toda a classe operária.
É preciso lutar, com o governo eleito de Lula, pelo fim da reforma da previdência e pela devolução dos direitos dos trabalhadores. Para isso, será necessário enfrentar o congresso e a pressão da burguesia, algo que só será capaz pela mobilização do povo nas ruas.