A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) determinou horários especiais de funcionamento das agências bancárias durante os dias dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2022, que terá o seu início no próximo dia 20 de novembro.
Como acontece em todas as Copas do Mundo e, por ser o futebol uma paixão nacional, parte da cultura dos brasileiros, nada mais normal a implementação de horários diferenciados no comércio, nas repartições públicas, nos locais de trabalho em geral, para que os trabalhadores possam assistir e torcer pela Seleção Brasileira com os seus familiares e amigos.
Mas, como não poderia ser diferente, os banqueiros imperialistas espanhóis em solo brasileiro do Santander, não se sensibilizam nem um pouco quando o assunto diz respeito às tradições do povo brasileiro.
O banco, em comunicado aos seus funcionários, determinou que as horas não trabalhadas em dias de jogos do Brasil sejam compensadas. Um verdadeiro absurdo, quando o Santander foi o único banco que se colocou no sentido da compensação dessas horas.
Os banqueiros golpistas do Santander vem sendo a vanguarda desse setor da economia, parasita dos trabalhadores e de toda a população, no quesito ataque aos bancários.
O Santander vem sistematicamente aumentando a ofensiva reacionária aos trabalhadores bancários através da abertura das agências nos finais de semana; antecipação da abertura do horário bancário na pandemia para “atender” os preferenciais; terceirização de setores inteiros do banco; não pagamento de horas extras devidas; semiescravização de seus funcionários com o aumento da carga horária de trabalho com a ampliação do horário de atendimento de suas agências; etc., etc., etc.
E agora, mais essa: penalizar os seus trabalhadores ao exigir que compensem as horas não trabalhadas nos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2022. Medida essa que vai contra, inclusive, a determinação da Febraban. Imagina se essa moda pega!?
Mesmo apresentando lucros bilionários ano após ano (no 3º trimestre de 2022 o banco lucrou nada menos do que R$ 3,122 bilhões e, nos nove primeiros meses do ano, o banco lucrou R$ 11,21 bilhões), os banqueiros imperialistas superexploram os seus trabalhadores para aumentar, ainda mais, os seus fabulosos lucros.
Os bancários do Santander e suas organizações, juntamente com os demais trabalhadores bancários, não devem aceitar mais essa arbitrariedade dos patrões.
É preciso organizar, imediatamente, uma campanha vigorosa contra mais essa arbitrariedade dos banqueiros. Os trabalhadores do Santander, através das suas organizações sindicais, vêm realizando diversas manifestações contra os ataques do banco, através de paralisações, retardamento da abertura das agências, dentre outras. É necessário intensificar as mobilização para barrar mais essa ofensiva reacionária da direita golpista.