Pró Cultura

e-Stupro

Mulher acusa ter sido vítima de abuso em realidade aumentada

– Blog do Pró Cultura

“O que aconteceu comigo foi real.”

A frase acima foi dita por Nina, uma psicoterapeuta britânica de 43 anos que, sem mais nada para fazer, entrou no sistema de realidade aumentada da empresa Meta para fazer sei-lá-o-que com seu avatar. Porém, para sua surpresa, em um determinado momento quatro avatares masculinos deram em cima de sua personagem, escalonando a situação para um ponto cujos seios virtuais de sua avatar foram constantemente apalpados.

Apesar de seu apelo para pararem, na vida real, os personagens não interromperam, durando cerca de 3 minutos o web-abuso. Como você consegue imaginar, não existe uma discussão concluída no que tange à lei a respeito de abuso entre personagens de um jogo ou de uma realidade aumentada. A psicoterapeuta, em compensação, está convencida de que foi um estrupro assim como qualquer outro do mundo real, como visto nas suas falas abaixo:

“Muita gente dizia aquilo não era real, era um mundo virtual. Era fantasia. Questionavam como eu poderia alegar que foi um assédio ou uma agressão. Mas por que, então, eu estava me sentindo daquela maneira? Porque aconteceu e foi real”.

Ao contrário do que você, caro leitor, talvez pense, a britânica Nina está repleta de razão. Mas lembre-se de, quando tiver um pesadelo, processar Morfeu, o deus do sono, pelos sonhos ruins que teve. Eles são completamente reais, já que você provavelmente acordou se sentindo mal e, talvez, até com ansiedade. Segundo uma jurista, chamada de Marina, porém, o judiciário irá demorar para analisar a seriedade que é o caso do e-stupro: “Já temos um bom e amplo arcabouço legal de proteção à violência baseada no gênero. O problema é que, por termos um Judiciário machista, ainda há barreiras para a aplicação correta da lei”.

Como disse a doutora da lei, é bom pontuarmos que, caso você ache esquisito uma acusação entre assédio entre avatares com a legislação do mundo real, o culpado não é você, mas a sociedade machista na qual você está inserido. É válido destacar, também, a reveladora fala da assediada gamer no fim da entrevista concedida para a imprensa capitalista (que ela, obviamente, ficou surpresa por conceder, já que não estava pensando em sua própria imagem quando divulgou seu caso para os jornalistas):

“Todo tipo de palavra que buscamos hoje na internet está moldando o futuro do metaverso. Cada transação online, cada plataforma, cada conversa que se desenvolve nas mídias sociais também está moldando o futuro das realidades virtuais. Precisamos nos tornar mais conscientes disso e reavaliar nossas próprias relações pessoais com a tecnologia”.

Como vimos na fala acima, não vimos nada. Absolutamente nada. Você perdeu seu tempo lendo a fala da psicoterapeuta, já que não tem nenhum teor relevante nas palavras que você acabou de ler, além de que, pela escolha de palavras, parece ter sido escrito diretamente dos sofás do PCB. Palavras chatas e complicadas que, no fim, não dizem nada.

Lembremo-nos, portanto, do que importa: se você sentiu, é real. Tanto para assédio online em jogos de realidade virtual, quanto para sonhos, pesadelos ou quaisquer outras vontades.

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