O povo baiano, assim como os estados vizinhos, têm sido vítimas da política de rapina do governo Bolsonaro em relação à questão dos preços do petróleo no país e da política em geral para o setor energético. Neste caso específico, estamos falando da privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada na região metropolitana de Salvador, no estado da Bahia.
O governo, ao longo do período de janeiro de 2019 até os dias de hoje, teve como objetivo os ataques ao conjunto da população. Em relação à política de preços dos derivados de petróleo, apesar de ele ser produzido no próprio Brasil, esse governo utiliza a paridade com o dólar para aumentar absurdamente os preços dos combustíveis, gás e até o álcool “etanol”.
Política de reajuste de preços
Não bastasse tal situação, exatamente onde estão localizadas essas usinas são os lugares onde os produtos estão com os preços mais elevados.
Conforme a Federação Única dos Petroleiros (FUP), na última sexta-feira (11), após privatização da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), vendida pela Petrobrás a preço de banana para o fundo árabe Mubadala, Salvador se destacou por ter a gasolina mais cara do país. Agora, a Refinaria de Mataripe, antiga Rlam, volta a ser notícia negativa no estado porque reduziu a produção de gás de cozinha (GLP) e provocou desabastecimento do produto na região.
Segundo a Associação de Revendedores de Gás da região, cerca de 60% das revendas estão sem o produto. O problema vem se arrastando desde o início do mês de novembro, após as eleições. Essa situação já atinge várias cidades da região, entre elas Feira de Santana, segundo maior município da Bahia, e Itabuna, ao sul do estado. Revendedoras de GLP em Salvador (BA) fecharam as portas, por falta do gás de cozinha na Refinaria de Mataripe.
A Rlam era a principal fornecedora de derivados do Nordeste e respondia por 14% da capacidade de refino no Brasil.
De acordo com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, um produto cujos preços dispararam na gestão Bolsonaro, o gás chega a custar R$160 em algumas cidades brasileiras. Na média, o botijão de gás no Brasil é 25% mais caro que a média mundial.
Com a política de rapina do governo de Bolsonaro, bem como seus asseclas, a exemplo do neoliberal, banqueiro, golpista e ministro da economia, Paulo Guedes, o preço do gás de cozinha aumentou em quase 100% enquanto, ao longo desse período, a manipulada inflação alcançou 24,9% e o salário mínimo apenas 21% de reajuste (conforme dados do Dieese/FUP).
Para mudar esse estado de coisas é necessário a reestatização da RLAM, bem como todas as empresas privatizadas do país.