Em artigo da Central Única dos trabalhadores (CUT) da última sexta-feira (11) faz um balanço do processo eleitoral, da vitória de Lula, do papel fundamental da mobilização dos trabalhadores e do conjunto da população, mas também o de fazer do dia 1° de janeiro de 2023 seja, não apenas uma festa, mas “Passada as comemorações é o momento de manter a nossa mobilização e fazermos da posse no dia 1º de janeiro uma grande manifestação popular, uma festa da democracia e o ponto de partida de uma jornada pela recuperação dos direitos, o aprofundamento da democracia, a reconstrução do país a partir de uma proposta de desenvolvimento sustentável com inclusão social e distribuição de renda.”
Diante de todo o processo do golpe em que levou ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016, a CUT retorna todo esse período ao dizer que seu papel fundamental a desempenhar no processo de reconstrução do Brasil, a partir da organização e mobilização dos trabalhadores e trabalhadores para garantir a manutenção de uma política robusta de renda básica, a retomada política de valorização do salário mínimo, a revisão da tabela do imposto de renda e o resgate dos muitos direitos que foram retirados desde 2016 e superação da fome que voltou a assombrar o país. Reforça, ainda, a questão de: “lutarmos por liberdade e autonomia para organização da classe trabalhadora e por isso propomos uma necessária reorganização sindical para garantir o fortalecimento da sua organização. A Reforma Administrativa (PEC 32) e as privatizações em curso, assim como o teto de gastos (EC 95) e o orçamento secreto são propostas e mecanismo que precisam ser superados em favor de uma política de participação popular, fortalecimento da ação do Estado e inclusão social com o fortalecimento do SUS e da educação pública.”
E reforçou dizendo que “os desafios que se apresentam no horizonte são imensos, frente ao desmonte que foi promovido, mas também temos a certeza da nossa capacidade para mobilizar, dialogar, convencer e lutar para que eles sejam superados. E é isso que a classe trabalhadora espera de todos os dirigentes de todas as instâncias da CUT e das nossas entidades filiadas…”
Mobilização polular
O Companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), na Análise Política da Semana, que vai ao ar todos os sábados às 16h00, https://www.youtube.com/watch?v=zDOFr4giYkU, enfatizou sobre a mobilização e de angariar o apoio popular, uma vez que a eleição foi polarizada e com uma margem muito pequena, o correspondente à 2 milhões de votos… no entendimento do PCO, o fundamental para que a base do PT pudesse continuar e enfrentar os problemas, não apenas com uma política de governo para os setores populares, mas fundamentalmente com a mobilização popular.
Rui levantou a questão do teto de gastos, da responsabilidade fiscal, quando a imprensa, bem como, o mercado financeiro reagiram negativamente quanto ao desprezo de Lula a tais questões, fazendo o dólar subir e a Bolsa de Valores despencar.
Algo muito importante e que teve um impacto muito grande foi a declaração do Guido Mantega, ex-ministro da economia da Dilma, provocou uma crise na burguesia ao declarar que, ou o Lula coloca em práticas as políticas sociais ou o governo vai afundar, corroborando com o que o PCO vem dizendo. “Fiquei particularmente surpreso com a forma cortante que foi dita, obviamente que o PCO tem a mesma opinião”. Outra colocação, que corrobora com nossa colocação veio da Central Única do Trabalhadores (CUT) que chamou o pessoal a se mobilizar para ir a posse do Lula para fazer um ato de apoio ao governo em apoio ao governo, outro setor do PT, que tem posições muito conservadoras percebeu que a situação é muito delicada, a mobilização se impõe. O que seria uma festa, já vai se tornando uma importante manifestação política