O identitarismo é a política oficial do imperialismo, e não poderia ser diferente no caso do Vaticano, a maior instituição religiosa do mundo. Na mesma onda de demagogia com as mulheres, o suposto Papa “progressista”, ao se despedir da viagem de três dias no Oriente Médio, afirmou que “as mulheres em cargos de liderança contribuíram para que o Vaticano melhorasse e provaram que podem ter desempenho superior aos dos homens nas mesmas posições”, conforme aponta o jornal Folha de São Paulo.
A declaração, apresentada pela imprensa burguesa como uma crítica ao “machismo na região”, em uma indicativa aos ataques que o imperialismo vem fazendo ao Irã, sob o pretexto da defesa da mulher. Porém, na hora de citar o papel da mulher nessa “revolução”, como mesmo afirmou Francisco, e no combate ao “machismo” que havia na Igreja Católica, o Papa se limitou a citar mulheres da burocracia, que cumprem papéis de pouca importância na organização geral da Igreja.
A demagogia do Vaticano é explícita, uma organização que é conhecida não apenas por ser uma das instituições mais reacionárias da sociedade, como também um pilar da opressão contra a mulher. Além de lavar as cuecas do Papa e seus bispos, as mulheres do Vaticano cumprem meros papéis de empregadas que gerem a “casa” papal, como de maneira não muito clara mesmo afirma o Papa. Alguns citados especificamente incluem os cargos de vice-ministra das Relações Exteriores, diretora dos Museus do Vaticano, vice-chefe da Sala de Imprensa do Vaticano.
Com toda esta demagogia, o Papa Francisco busca esconder o caráter pérfido do Vaticano e do imperialismo de conjunto, ao qual o mesmo está atrelado. Sob a desculpa da defesa das mulheres, o imperialismo vem invadindo e promovendo uma destruição em massa em todo o Oriente Médio, que o Papa acaba de visitar. Em nome da democracia, milhões de mulheres foram mortas sob os bombardeios e ataques do imperialismo na região, e um novo golpe de Estado é preparado, agora contra o Irã. As grandes mulheres do Papa não possuem qualquer direito, quem dirá as reivindicações clássicas do movimento, como aborto, etc. elas cumprem o mero papel de subalternas de uma instituição que é inimiga das mulheres e dos trabalhadores em todo o mundo.