Ontem (04), o Irã comemorou em grandes marchas o Dia do Estudante em Teerã, capital do país, e em outras cidades. As comemorações populares começaram na manhã desta sexta-feira (04), com a participação de altas autoridades do país. A data marca a tomada da embaixada dos EUA em Teerã em 1979 por um grupo de estudantes iranianos, uma comemoração fundamentalmente anti-imperialista.
Trata-se de um dia de protestos do povo iraniano que expressa sua aversão às potências imperialistas e exaltam sua lealdade aos princípios islâmicos estabelecidos pelo Imam Khomeini, fundador da República Islâmica do Irã. Os manifestantes podem ser vistos queimando a bandeira de Israel, país que representa um posto militar avançado dos Estados Unidos no Oriente Médio. Uma verdadeira máquina de matar árabes que procura reforçar e garantir o domínio dos Estados Unidos na região.
A data vem, inclusive, em um momento oportuno, uma vez que o imperialismo está tentando derrubar o governo iraniano para, então, instituir ainda mais uma de suas ditaduras no país. Para tal, está utilizando a morte de uma mulher iraniana que, supostamente, faleceu enquanto estava em custódia da polícia moral do país após se recusar a usar seu jihab. É uma operação apoiada por parte da esquerda pequeno-burguesa brasileira que, desorientada politicamente, se entrega à política identitária e compra o jogo da imprensa imperialista.
Fato é – como mostram os protestos em questão – que o povo não apoia as manifestações identitárias impulsionadas pelo imperialismo, mas sim, a soberania nacional. Afinal, tomaram as ruas em uma grande demonstração de que farão frente caso os Estados Unidos, principalmente, decida invadir o seu país. Tudo isso em um momento de extrema pressão estrangeira, evidenciada, por exemplo, pela tentativa de boicote e, consequentemente, expulsão da seleção iraniana da Copa do Mundo deste ano no Catar.











