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Demagogia

Número de mulheres eleitas cresceu, mas algo vai mudar?

Apesar do crescimento do número de mulheres eleitas, as mulheres trabalhadoras não tem represetatividade.

Em 2022, o número de mulheres eleitas nas eleições parlamentares cresceu, no entanto, o prognóstico para as mulheres não é nada bom. 

Apesar de ter crescido o número de mulheres eleitas, a representatividade feminina continuará em baixa, pois além do número de homens ser muito maior, as mulheres eleitas não representam as mulheres trabalhadoras.

No senado houve uma troca de apenas ⅓ dos mandatos, 27 cadeiras e apenas quatro delas são de mulheres, que vão dividir espaço com outras dez mulheres que cumprem mandato até 2027. Essas mulheres representam 17,3% dos cargos de senadores, elas são 14 de um total de 81 cargos. Destas quatro novas senadoras, apenas uma é da esquerda, a senadora Teresa Leitão do PT de Pernambuco. Duas delas são ex-ministras do Bolsonaro, Tereza Cristina do Progressistas do MS, ex-ministra da agricultura, e Damares Alves do Republicanos pelo DF; e pelo União Brasil do Tocantins, a Professora Dorinha.

Apenas duas mulheres foram eleitas aos cargos ao Governo de Estado, Fátima Bezerra do PT do Rio grande do Norte; e Raquel Lyra do PSDB do Pernambuco, que será a primeira mulher a governar o Estado. 

Ao Congresso Nacional o número de candidatas mulheres foi recorde, 7.494 mulheres para 7.090 homens, sendo eleitas apenas 91 mulheres das 513 vagas, um aumento de 18,18%. 

No caso das assembléias legislativas, houve um aumento no número de eleitas em 2022, foram 190 de 5.815 candidatas, em comparação com 2018 que foram eleitas 163 mulheres. Estes resultados se deve a lei de cotas que exige que as candidaturas estaduais e distritais somassem 30%, mas apenas 185 dos eleitos são do sexo feminino. É importante pontuar que esta lei de cotas impede uma chapa só de mulheres. 

O Amapá foi o estado com maior número de mulheres eleitas, das 24 cadeiras, 29,2% foram mulheres; já os estados com menor número de mulheres eleitas são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Santa Catarina com menos de 10% de representantes mulheres. Em São Paulo, das 677 mulheres candidatas, apenas 25 foram eleitas e no Rio de Janeiro das 525 candidatas, foram eleitas somente 15. 

No geral, entre as candidaturas de todas as esferas, as candidaturas de mulheres bateram recorde em 2022, foram 9.353 candidatas, sendo que em 2018 foram 9.221 e 2014 foram 8.139, um crescimento gradual. 

Caso os números já não fossem ruins, a qualidade da política das mulheres eleitas é ainda pior. Apesar de como vimos o número de mulheres vir crescendo a passos de tartaruga no decorrer dos anos, percebe-se que não há uma melhoria de políticas para as mulheres na mesma proporção, pelo contrário. As mulheres eleitas não representam e não fazem nada pelos direitos das mulheres trabalhadoras, pelo contrário, como vimos a ex-candidata s presidente e ex-senadora Simone Tebet que votou junto com o governo Bolsonaro nos pontos fundamentais que retiraram direitos dos trabalhadores, e consequentemente colocando as mulheres em situação de desgraça total. 

As mulheres não devem cair na demagogia identitária de que basta ter mulheres em cargos parlamentares para sermos representadas, já vimos nos últimos anos que nossos direitos foram retirados com aval destas mulheres. Devemos ter em mente que a emancipação das mulheres virá através da revolução socialista, que a liberdade é necessariamente a liberdade econômica das mulheres.

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