
Coação patronal
“Assédio eleitoral”: patrões se uniram por Bolsonaro no 2° turno
Na reta final do segundo turno, escancara-se a luta de classes no Brasil e a burguesia investe nos crimes eleitorais para reeleger Bolsonaro
- Trabalhaores estão sendo assediados e perdendo sua liberdade de esscolha
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- Foto: Reprodução
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Nesta reta final das eleições presidenciais, a Burguesia intensifica seus crimes eleitorais e propagandas irregulares para tentar virar votos para seu candidato, Jair Bolsonaro(PL).
Até quinta-feira, 27, o Ministério Público do Trabalho(MPT) havia recebido 1.789 denúncias de assédio eleitoral. O número de crimes eleitorais praticados pela burguesia este ano já
corresponde a 30 vezes o total registrado no primeiro turno, o que mostra que a burguesia está de corpo e alma para manter esse governo reacionário e de ataques ao país e à classe trabalhadora.
O MPT já contabilizou também um total 8 vezes maior de crimes em relação a 2018. Chovem agora ameaças, coações e propagandas irregulares em favor de Bolsonaro, sem
nenhuma punição, o que configura uma vergonha. A leniência dos órgãos públicos e da justiça faz parte desse jogo de manipulação que são as eleições no Brasil.
As regiões sudeste, sul e nordeste registram o maior número de denúncias e, dentre os estados, Minas Gerais segue líder com 496 queixas, seguido do Paraná, com 196 e São Paulo,
com 175. O número de empresas denunciadas também cresceu, saltando de 52 para 1.388! Essa coação e investida violenta da burguesia pode sim ter efeito desastroso no resultado
das eleições.
A deferença desse segundo turno para o primeiro é que nesta fase final a burguesia correu para o lado dos seus, que é a candidatura de Bolsonaro, embora este não tenha sido sua
promeira opção. Jair Bolsonaro é um típico candidato burguês que estará a serviço da burguesia quando esta o solicitar numa dividida de bola, no caso, na luta de classes, que está
bem escancarada.
A polarização política no Brasil deixou mais clara essa luta de classes no Brasil e desmascarou a falsa neutralidade da burguesia nesse segundo turno, além de colocar abaixo a ideia
de que ela apoiava Lula, o que nunca foi verdade apesar das relações amistosas do ex-presidente com parte de setores da elite.
É preciso denunciar todos os crimes eleitorais da burguesia e chamar toda a população, sindicatos, associações, professores, alunos, artistas, para se manterem nas
ruas até domingo, pois a vitória dele é de extrema importância para derrotarmos o golpe e construirmos um governo dos trabalhadores, que caminhe cada vez mais para a
esquerda e ponha abaixo todas as reformas que nesses últimos seis anos prejudicaram os trabalhadores e comprometeram a soberania do Brasil.




