Recentemente, Inglaterra e Alemanha, grandes defensores da “energia verde” tiveram duas de suas famosas galerias de arte usadas como palco para performances identitárias de cunho ambiental. Em Berlim, onde os Verdes têm grande participação no Parlamento, um quadro de Monet foi atacado com purê de batatas por ativistas do grupo Last Generation.
Na National Gallery, de Londres, o alvo escolhido foi “Os Girassóis”, uma obra expoente da arte ocidental moderna e um dos quadros favoritos do pintor holandês Vincent Van Gogh. O protesto foi protagonizado e divulgado pelas redes sociais do grupo “Just Stop Oil”, ativistas ambientais e defensores do planeta contra as mudanças climáticas. Será que protestarão contra Sunak, o novo primeiro ministro bilionário de origem indiana? A imprensa inglesa aplaudiu o “primeiro de origem não inglesa e não branco” a ser primeiro ministro. Ou seriam os protestos ações contra o fraco mandato de Truss?A conferir…
O grupo se tornou famoso por realizar protestos contra novos projetos do governo Britânico no tocante à exploração de petróleo e gás. “Just Stop Oil” também participa de “performances” publicitárias para chamar a atenção a respeito das mudanças climáticas.
Em junho, os ativistas ingleses se colaram à moldura da obra “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, na London’s Royal Academy of Arts, além de se colarem a outra obra, também no National Gallery. Segundo o site de notícias Greek Reporter, tomar as obras de arte como alvo de seus protestos faz parte de uma série de manifestações programadas contra as políticas climáticas do Reino Unido.
Em seu discurso, colada à parede sob o quadro, a ativista identitária, inspirada, talvez, em Greta Thunberg e, provavelmente, na “Tomato Soup” de Andy Warhol, embora faça propaganda para outra marca popular de tomate em lata. Some-se a isso toda a crítica ‘liberal”, no sentido estadunidense do termo, “pop” que nos rodeia e nos confunde, misturando tudo no mesmo caldeirão de angústias pequeno-burguesas e ilusões, fantasias de um mundo melhor.. Derrubam-se estátuas, mudam-se nomes , impõem-se vocabulários e recontam-se histórias em nome de uma identidade pré-fabricada e seu justo, igualitário e inequívoco voluntarismo de internet.
“A criatividade e o brilhantismo humanos estão expostos nesta galeria, mas nossa herança está sendo destruída pelo fracasso de nosso governo em agir em relação ao clima e ao custo de vida”, afirmou a ativista nas redes. Além do reacionarismo tosco de se voltar contra objetos de arte , que são representações culturais, em sua fúria por justiça, por vida, pelo planeta, esse tipo de ativismo colabora para um obscurantismo sem precedentes.
O custo de vida também é pauta secundária dos ambientalistas identitários britânicos, que reclamam do uso de combustíveis fósseis e dos preços altos. Os grupos ambientalistas , em vários países do mundo, assumem o papel de porta-voz ou de propagandistas de partes da campanha imperialista. Parecem bonzinhos, esquerdistas e humanitários, porém, exemplos não faltam para comprovar a decadência da farsa (que muitos caem com boas intenções) ambientalista quando falta luz, gás, alimento, etc… Sem as fontes de combustível fóssil, sem energia nuclear, sem hidrelétricas, como ficarão as pessoas comuns? Assim como outros grupos identitários foram manipulados e “usados” pelo imperialismo, auxiliando-o em sua dominação, os ativistas pelo clima serão dispensados quando não forem mais necessários aos interesses imperialistas. Este momento está próximo, e restará aos defensores do planeta a fúria das multidões.