Lula Presidente

É preciso fazer mutirões de panfletagens na periferia

A panfletagem é uma arma fundamental para o convencimento, com ele é possível fazer o corpo a corpo, fundamental se quisermos vencer as eleições.

Faltam apenas alguns dias, seis exatamente a partir da publicação desta matéria, para a eleição presidencial do 2º turno que decidirá por um novo mandato do ex-presidente Lula ou por uma reeleição do ilegítimo Jair Bolsonaro. E, ao contrário do que os setores mais burocráticos da esquerda querem fazer parecer, a eleição para Lula não está ganha.

Estes tomam como base as pesquisas eleitorais feitas pelos institutos da imprensa burguesa e golpista e que no primeiro turno já protagonizaram um escândalo internacional. Passaram dois meses afirmando números muito aquém para Bolsonaro (entre 31 e 33%) e que na hora da eleição do primeiro turno mostrou-se que as pesquisas estavam claramente manipuladas, vez que este teve, segundo o TSE, 43% dos votos válidos.

Estes fatos, principalmente a força com que o bolsonarismo elegeu dezenas de parlamentares, “acendeu uma luz vermelha” para a campanha de Lula, o qual pessoalmente já tomou providências e passou de uma campanha baseada majoritariamente na campanha eleitoral de TV e de atos promocionais, para uma campanha mais popular, de grandes atos de rua por todo o País. Uma decisão acertada, sem dúvida. Mas, que infelizmente, não é suficiente. Nem Lula pode estar em todo o país, nem vai se conseguir atingir todo o público com apenas um tipo de ação.

No primeiro turno, dois tipos de dados são fundamentais para a campanha de Lula, a quantidade de votos que o Bolsonaro conseguiu em bairros operários e o número de abstenções, pessoas que não votaram, cerca de 30 milhões, ou seja, cerca de 20% do eleitorado.

O desafio, então, para a campanha do Lula é claro, atingir os setores mais pobres que estão sendo enganados pela política extremamente demagógica da extrema direita, fortemente financiada pela maioria da burguesia, e motivar os milhões que deixaram de votar no primeiro turno e que, sem dúvidas, é majoritariamente nos bairros pobres.

A Panfletagem é o caminho

Os “sábios” estrategistas de gabinete, aliados a uma burocracia mais jovem que só viveu a era da política na internet, via redes sociais, passou a defender a atuação somente por este meio, em detrimento de métodos tradicionais e amplamente testados, como o tradicional “boca a boca, olho no olho” para levar uma peça de propaganda política. O que é um erro, é claro, mas que reafirma o distanciamento da esquerda dos setores mais oprimidos da população, os quais são os mesmos que reclamam de uma inserção muito ampla nestas camadas sociais das igrejas evangélicas.

Como não existe “vácuo político”, todo espaço vai ser ocupado, é o que estamos assistindo. Parcelas consideráveis da classe trabalhadora ficando a mercê de uma falta de ação enérgica e militante da esquerda, combinado com uma ação agressiva da extrema-direita.

Diante desse cenário, é preciso imediatamente recuperar o terreno, se dirigir às periferias, colocar os setores mais ativos, militantes em contato direto com o trabalhador, fazendo ações de porta em porta, de rua em rua, buscando entender as dúvidas do trabalhador, explicando a importância de votarmos num candidato representante dos trabalhadores e não num representante dos patrões.

E para isso, nada melhor do que um material impresso que possa servir de argumento para abrir um diálogo, que chame a atenção do trabalhador e que este exponha suas colocações, além de fazer com que ele fique com um material para ler e pensar naquilo que foi dito pelo militante, que possa mostrar para outras pessoas da família, amigos etc.

Por isso, é urgente a necessidade de se ter milhões de panfletos nas ruas, é uma forma também de quebrar a forte ação que o bolsonarismo e a burguesia tem bancado nas redes sociais e na imprensa burguesa. É um meio direto de fornecer a informação que realmente visa atender os interesses dos trabalhadores, e isso precisa ser explicado.

Junto com as panfletagens podem ocorrer também ações de colagens de adesivos, cartazes, passeata com som etc. São ações que podem ajudar a mobilizar mais pessoas em torno da campanha, mas não dão a oportunidade que a conversa cara a cara dá, com a abertura feita com a distribuição de panfletos, com um conteúdo relevante.

Enfim, a missão é clara e o próprio Lula já reafirmou esse caminho (segue tuíte abaixo).

É preciso retomar os métodos tradicionais de disputa política, o diálogo, a conversa cara a cara, o debate presencial, fazendo aquilo que a esquerda fez em décadas anteriores e foi responsável por diferenciar a forma de atuação da direita, a qual só “pisa o pé” na periferia em carreatas, em ações de propaganda, para tirar foto, fazer vídeo. A esquerda até o hoje, mesmo com anos de vacilações, é conhecida pelos trabalhadores por fazer um trabalho político presencial nos bairros operários, por mostrar os reais inimigos do povo pobre trabalhador, a direita e seus funcionários.

Desta forma, é preciso urgentemente retomar o trabalho corpo a corpo, discutir, debater com o trabalhador a importância dessa eleição, de eleger o Lula como representante dos interesses do povo trabalhador e seguir na luta, caso de um novo governo seu, para que necessidades fundamentais sejam atendidas, vez que será somente um passo à frente na luta.

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