Nesta última semana a campanha de Jair Bolsonaro, o candidato golpista, elevou o tom e com isso, uma série de notícias reveladoras, a respeito de um grande esquema de compra de voto, coerção de patrões contra funcionários e uma organização de uma gigantesca fraude eleitoral vieram a tona a medida que o candidato cresce nas pesquisas de maneira artificial.
Os números divulgados oficialmente pelo Ministério Público revelam que o número de denuncias recebidas por trabalhadores contra empresas já supera em mais de cinco vezes o total de denúncias realizadas durante todo o período eleitoral de 2018. Até o presente momento, 1.176 denuncias de coerção eleitoral realizada pelos patrões foram feitas, contra 212 na última eleição presidencial, um aumento de 450% no número de casos.
Além do grande aumento no número de casos, o número de empresas denunciadas aumentou em praticamente dez vezes mais do que em relação a 2018. Segundo os dados mais recentes, 952 empresas já foram denunciadas, quando em 2018 “apenas” 98 foram levadas ao Ministério Público do Trabalho. Os dados ainda revelam um aumento considerável na passagem do primeiro para o segundo turno das eleições.
Com a máquina pública na mão, e precisando virar a disputa eleitoral, Bolsonaro vem impulsionando junto a burguesia uma compra de votos generalizada. De terça-feira (18) para quarta-feira (19), o número de denuncias saltou de 447 para 706, e rapidamente atingiu no dia 22 mais de mil casos. Os números ainda revelam os estados onde a burguesia mais joga peso na tentativa de fraudar as eleições.
Na busca de virar os votos em Minas Gerais, o número de casos denunciados no estado é o maior de todo Brasil. Apenas em Minas, foram 295 denúncias realizadas, colocando a região sudeste, a mais importante do país e a que possuí os maiores colégios eleitorais, como o topo da lista com 477 denúncias feitas. Logo em seguida, Paraná, com 123 e Santa Catarina, com 113 relatos, destacam a região sul com a segunda maior em número de ocorrências, totalizando 339 denuncias. Logo depois, Nordeste, 198, Centro-Oeste, 105 e Norte, 57 fecham o quadro do grande esquema organizado pela burguesia de compra de votos e coerção dos trabalhadores.
No entanto, vale frisar que os números representados são apenas uma mera amostra do que realmente ocorre em todo país. Na prática, em todas as empresas os capitalistas vem forçando os funcionários, sob a base de ameaças de demissão, de cortes salariais, etc. a não votarem em Lula, o candidato dos trabalhadores, mas sim no candidato dos golpistas, Jair Bolsonaro.
Estes números demonstram a enorme campanha que a burguesia está realizando nesta reta final das eleições, que é corroborada por uma série de elementos, como a liberação que as empresas de caminhões deram aos caminhoneiros no dia da votação, sob a campanha de votar em Bolsonaro, além de casos como o do frigorifico Serradão, na Grande Belo Horizonte, onde funcionários denunciaram que estão sendo vítimas e coerção por parte dos patrões, ocorrendo até mesmo eventos políticos na empresa.
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Segundo as denuncias, os funcionários foram forçados a irem de blusa amarela, com slogan e número de Bolsonaro, além de ouvirem por parte dos patrões ataques contra Lula e promessas recompensando os funcionários caso o candidato da burguesia, Jair Bolsonaro, seja reeleito.
Ainda segundo os funcionários, todos os trabalhadores foram convocados para uma reunião no pátio da empresa, quando Silvio da Silveira e Marcos Luiz da Silveira, donos do frigorifico, pousaram de helicóptero no local acompanhados do deputado federal Mauro Lopes (PP-MG), apoiador de Bolsonaro.
No mesmo sentido, casos semelhantes de coerção foram denunciados contra 16 empresas no Distrito Federal, onde já há casos de demissões devido ao fato de funcionários votarem em candidatos não apoiados pelos patrões no primeiro turno das eleições.
Todos estes casos servem para reforçar que está em marcha um grande golpe eleitoral da burguesia contra o candidato dos trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva. Os números revelam um rápido crescimento desta operação fraudulenta e de coerção dos trabalhadores para impedir a todo custo a vitória de Lula contra o golpe Jair Bolsonaro. Além disso, serve para reforçar a necessidade de uma ação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nesta reta final das eleições.
É preciso que a CUT haja, convoque mobilizações de trabalhadores, façam greves nas empresas denunciadas e crie uma grande campanha nacional de denuncia da fraude e de defesa da candidatura de Lula. É preciso quebrar esta campanha da burguesia com uma verdadeira mobilização popular, contra Bolsonaro e todos os golpistas, por Lula Presidente.





