Arbitrariedade

Jogo de cena do STF no caso Roberto Jefferson

Alexandre de Moraes, expressão do autoritarismo, e interferência do Judiciário na política, avança sobre Roberto Jefferson que reage de forma tresloucada.

Xandão e Bob

O ministro do STF/TSE, Alexandre de Moraes tem presidido uma das eleições mais sujas da história brasileira e feito algo perto de nada. Quase 1000 empresas foram denunciadas como autores de coação contra funcionários que não votem em Bolsonaro. Nada ocorreu, ninguém foi preso, nenhum fechamento de redes sociais ou de empresas. O empresário criminoso que busca impedir a expressão política de seus funcionários é protegido.

A imprensa tradicional, como o Estado de São Paulo e a Veja publicam notícias sobre um suposto envolvimento da facção criminosa PCC e a candidatura de Lula e nada acontece com eles. Bolsonaro viola uma vez por dia a lei eleitoral, numa compra de votos descarada, e nada acontece com ele. Tudo que de fato poderia ajudar a candidatura de Bolsonaro, é permitido. Enquanto isso, o TSE, presidido pelo ministro aplica restrições pontuais, episódicas, a um ou outro candidato, quase como se estivesse marcando presença. 

O ministro que iria atuar como xerife das eleições, atua mais como um árbitro de futebol que não quer manter um jogo violento parado. Naturalmente, isso apenas beneficia Bolsonaro, que está perdendo apesar de ter feito vários gols irregulares e precisa cometer mais faltas para virar o jogo.

O efeito desmoralizante disso é grande para a reputação do ministro. Hoje, o ministro decidiu entrar em campo contra um pobre coitado, um tresloucado de extrema-direita, o presidente do PTB, Roberto Jefferson. O tresloucado gravou um vídeo com diversas palavras de baixo calão e impropérios contra a Ministra do STF e do TSE, Cármen Lúcia. Após a repercussão do vídeo, Alexandre de Moraes mandou prender o deputado. Que cumpria prisão domiciliar, por conta do inquérito das fake news.

Roberto Jefferson estava preso por dar declarações estapafúrdias. Bolsonaro faz campanha à base crimes eleitorais. Deu mais uma declaração estapafúrdia, e Alexandre de Moraes determinou prendê-lo. Em tempos normais, a lei brasileira permitiria apenas que a Ministra apresentasse um processo de difamação e de injúria, o tresloucado deveria ser garantido todos as prerrogativas que lhe cabem, e então, sentenciado. Não foi o que ocorreu.

Diante da realidade de estar sendo preso por emitir uma opinião, por mais torpe que seja, o tresloucado agiu como tal e atirou contra os Policiais, sem que estes tivessem o agredido. Se antes não havia, num sentido democrático, feito algo que merecesse cadeia, agora o fez.

Jefferson será preso, acusado de “atentar” contra a democracia e o Estado Democrático de Direito, por falar besteiras e agir como um verdadeiro lunático. Os empresários que buscam chantagear seus funcionários, continuarão atentando de fato, na prática, de forma concreta, tangível e criminosa contra a democracia. O STF não está defendendo democracia, está jogando para a torcida, e agindo de forma antidemocrática. Não ataca os verdadeiros culpados, onde a lei lhe respalda, age, contudo, com superpoderes para esmagar algum cidadão execrável, para manter o respeito da corte.

O que vimos hoje foi apenas o primeiro de muitos episódios de violência causados pela censura. Como vemos aqui, por conta da troca de tiros, impedir as pessoas de falar sua opinião não impede a violência, é em si uma violência e apenas pode gerar mais violência. Lamentável.

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