Mal terminado o processo de negociação da campanha salarial da categoria bancária, que tem a sua data base em setembro, e da assinatura do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), os banqueiros já partiram para uma nova ofensiva contra os trabalhadores através das demissões em massa.
No último dia 12 de setembro, os banqueiros golpistas do Banco Itaú/Unibanco anunciaram a terceirização de todo o setor de Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), localizado no CA Tatuapé, em São Paulo.
São 270 trabalhadores bancários que, segundo a cínica comunicação dos banqueiros, terão 120 dias para conseguirem realocação em outras áreas do banco. Todo o funcionalismo do Itaú/Unibanco sabe muito bem que é praticamente impossível conseguir vagas em outras dependências do banco, já que as mesmas se encontram com o número de funcionários esgotadas. Ou seja, completados os 120 dias, e não conseguindo uma vaga em uma outra dependência, o bancário será automaticamente jogado no olho da rua.
O que está realmente por detrás das terceirizações de setores inteiros dos bancos é a política dos banqueiros em aumentar os seus fabulosos lucros às custas da miséria dos trabalhadores. A jogada é substituir o funcionário efetivo, que percebem um salário um pouco melhor, por novos funcionários terceirizados com salários miseráveis, sem os direitos garantidos no Acordo Coletivo da categoria bancária, isso se houver novas contratações já que a política dos banqueiros é diminuir a quantidade de funcionários, sobrecarregando, é claro, os que estão empregados, que já vem desempenhado o trabalho de dois ou mais trabalhadores.
Os dados das demissões, ano a ano, são assustadores. Somente no período de um ano, contando a partir de março de 2021, um contingente de 36.348 trabalhadores perdeu os seus empregos nos bancos.
Um dos mais graves problemas da categoria bancária são as demissões. As principais alegações, fajutas, dos banqueiros é a justificativa do aumento dos canais de digitais de pagamento, mas é muito fácil de perceber, ao ser ir em uma agência bancária, é a falta de pessoal e, consequentemente a formação de gigantescas filas de clientes que ficam horas na espera de atendimento.
O direito ao trabalho é o único que verdadeiramente pode-se reivindicar do capitalismo. Ou seja, que a classe dominante, a burguesia, alimente os “escravos” do seu sistema de exploração. Por isso, somente a mobilização de toda a categoria, através dos seus tradicionais métodos de lutas, podem barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos que jogam, todos os anos, na rua da amargura milhares de trabalhadores.