No mês de julho, à véspera da eleição, o governo Bolsonaro aumentou mais de dez vezes o gasto com propaganda do Auxílio Brasil, que subiu de R$2 milhões, em abril e maio, para R$28 milhões. Do total de gastos com propaganda do programa no ano de 2022, 77% foi apenas no mês de junho, último mês antes do período eleitoral, em que a propaganda do governo passa a ser restringida.
O Ministério da Cidadania, responsável pela propaganda do programa, argumentou que “Em junho, foram realizados os investimentos em anúncios televisivos, entre outros, que possuem valores absolutos mais elevados”, já em abril e maio, a estratégia de comunicação era apenas nas mídias digitais. Em fevereiro e março, não houve investimento. Já em junho, foram 1.417 propagandas na televisão e 2.285.617 comerciais em exteriores (painéis e propagandas em ônibus).
A demagogia eleitoral é óbvia, e a verba governamental é usada ao máximo pelo governo Bolsonaro, que ainda emplacou o estado de emergência e a PEC da compra de votos, com apoio de toda a esquerda parlamentar. As eleições de 2022 são um jogo de todos contra o Lula, e a esquerda ainda não percebeu.