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Farsa

Esses índios gourmet não representam os índios de verdade

Eleger índios financiados pelo Itaú e por George Soros vai favorecer os interesses dos povos indígenas? Claro que não!

Existem livros com títulos engraçados, do tipo “Como vencer um debate mesmo sem ter razão”, de Schopenhauer. Isso nos inspira, ao ver qualquer matéria da Folha de S.Paulo, a seguinte frase: “como ter razão sem saber exatamente do que se trata”. Sim, no caso desse jornal burguês, basta estar contra, mesmo sem ter lido qualquer texto, e teremos quase 100% de acerto.

Se a Folha apoia indígenas, é o caso de pensar que tem algo errado aí. Um jornal super atuante no Golpe de 2016, bem como no de 1964, tem que ter um ‘bom’ motivo para promover esta ou aquela pessoa e pedir votos para candidatos indígenas.

Uma matéria de opinião da Folha, intitulada “Txai Suruí: Bancada do Cocar”, faz um monte de demagogia, sem passar pela questão ambiental, assunto tão caro aos interesses do imperialismo.

Logo no início, a matéria diz que há desrespeito às mulheres, aumento da violência e que a jornalista Vera Magalhães é atacada mais uma vez. O problema é que ela merece. Essa senhora publicou em seu Twitter no dia 5 de fevereiro de 2017: “Case com alguém que não vá fazer um comício no seu velório quando chegar a hora”. Não se incomodou em tripudiar em cima da morte de Marisa Letícia e da dor do ex-presidente Lula, que sabia muito bem, como todos sabemos, que a morte de Dona Marisa tem muito a ver com a perseguição implacável que ela e sua família sofreram da ‘justiça’ brasileira e da grande imprensa, dentre elas a própria Folha.

O ‘ataque’, como se vê no vídeo, é o deputado Douglas Garcia (Republicanos) perguntando se ela tinha vergonha na cara, que ela assinou um contrato de meio milhão de reais com a Fundação Padre Anchieta. Não se pode falar isso? Ela é mesmo uma vergonha.

A Folha também faz demagogia com o assassinato de índios, que agora chama de ‘povos originários’, com quem nunca se importou de fato, pois esse jornal defende a burguesia, é contra a reforma agrária, contra a demarcação de terras. Se quisesse, já teria feito uma grande campanha, pois diariamente jagunços, muitas vezes acobertados pela própria polícia dos estados, intimidam, assassinam, despejam, tomam terras por todo o território brasileiro. Mas a Folha se cala.

Bancada do Cocar

No artigo, a Folha enaltece a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), liderada por Sônia Guajajara. Não é para menos, a Fundação Ford já bancou viagens de delegação da Apib para a COP 23, na Alemanha, por exemplo. Para quem não sabe, a Fundação Ford é uma fachada da CIA, que distribui dinheiro mundo afora para cooptar ONGs interessantes para o imperialismo.

A COP é uma conferência da ONU para debater as mudanças climáticas. Essas conferências servem para pressionar os países atrasados a não se industrializarem, enquanto os países ricos já destruíram praticamente todos seus ecossistemas e nada fazem para recuperá-los.

A pressão sobre mudanças climáticas serve, por exemplo, para grupos pressionarem o governo nicaraguense a não construir um canal interoceânico, serviu para pressionar o governo brasileiro a não construir a Usina de Belo Monte e assim por diante. Todos sabemos que tanto o canal na Nicarágua, quanto uma usina no Rio Xingu contrariam os interesses do imperialismo, por isso grupos, como a Apib, são financiados.

Vejamos o seguinte trecho da matéria:

A representação indígena se faz cada vez mais essencial no contexto da crise climática e para frear os avanços sobre o meio ambiente, mas também para garantir a existência dos povos originários”.

Seria comovente, se o texto não viesse de onde veio. Por isso é preciso acender todas as luzes de alerta. São os interesses do grande capital que estão em jogo, não de ‘povos originários’. Existe uma grande operação em curso para tomar a Amazônia do Brasil. Joe Biden, o senhor da guerra, já disse que tratará o assunto como questão de ‘segurança’ dos EUA. E, quando ouvimos essa palavra-chave, segurança, tem exército envolvido. Tanto é assim que o presidente fantoche da Colômbia, Gustavo Petro, já convidou os ianques para ‘ajudarem’ a proteger a floresta colombiana de queimadas, coisa que poder fazer com recursos próprios.

Emmanuel Macron já meteu o bedelho nos assuntos da Amazônia. As mortes de um jornalista e de um indigenista serviram para uma campanha internacional para que haja uma atenção mundial sobre a região. Marina (Itaú/Soros) Silva, velha conhecida, se aproximou da campanha Lula e condicionou seu apoio à criação de uma Autoridade Climática para a região. Matérias como a do jornal O Globo, assinada por Ascânio Seleme (18/8/2022), dizendo que A Amazônia não é brasileira, exemplificam essa campanha infame. São inúmeros ataques que sofremos de diversas direções e que formam um conjunto que tem um único objetivo: retirar a Amazônia de nosso País.

Quando a Folha de S.Paulo promove uma “bancada do cocar”, está trabalhando para o imperialismo. Esses índios gourmet, capa de revista, não representam os interesses dos verdadeiros indígenas brasileiros.

Pauta ambiental

Conforme o artigo menciona, ‘poucos são os candidatos que vêm se comprometendo com a pauta ambiental’. Na verdade, isso não existe, é uma invenção. A prova disso é que as grandes potências não seguem esses protocolos. Os EUA querem vender gás para a Europa queimar e se aquecer e produzir energia elétrica. Pouco importa se esse gás for produzido de xisto. Os europeus vão reabrir usinas termelétricas movidas a carvão. No entanto, pressionam os países atrasados a aderirem a uma ‘matriz energética sustentável’, verde.

Quase vamos às lágrimas quando lemos na Folha, que trabalhou para a Ditadura Militar, que “é possível transformar o nosso país em um lugar melhor e digno”. Sim, um país onde se tortura não é nada bom e muito menos digno. “Isso significa que a população não indígena precisa entender a importância de votar em candidatos indígenas”. Verdade, mas vamos votar em índio de verdade, como Magno Souza, candidato ao governo do Mato Grosso Sul, pelo PCO, que diz que o índio quer se desenvolver, e não ser um eterno comedor de batatas. Muito diferente de indígenas gourmet que dizem que não precisam de Belo Monte. Muito fácil dizer isso quando se está viajando para lá e para cá, inclusive outros países, com bastante conforto e sendo tratado como celebridade.

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