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Equipe destrutiva

Quem são os homens por trás de Simone Tebet

Homens e mulheres inimigos do povo brasileiro

Recentemente, quem tem recebido total atenção da imprensa capitalista e sido tratada como a nova salvação do Brasil é a atual senadora do Mato Grosso do Sul e candidata a presidente Simone Tebet.

Além de levantarem as pautas feministas para enaltecer a postulante à presidência da República pelo MDB, os meios de comunicação da burguesia têm dado ênfase à “equipe dos sonhos” de Tebet, aos mesmos moldes que fizeram com a “equipe técnica” do também fascista Jair Bolsonaro.

Sua equipe dos sonhos dos banqueiros é liderada pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, membro do MDB desde a ditadura militar. Quando tentou se reeleger em 2010 ao cargo que já ocupava, foi derrotado no primeiro turno, mostrando tamanha satisfação da população com suas políticas neoliberais. Comprovando a confiança dos bancos em Germano, é válido destacar que em 2018 ele foi o vice na chapa do banqueiro bilionário Henrique Meirelles.

À frente das diretrizes econômicas está Elena Landau, afinal, a chapa cujo slogan é “mulher vota em mulher” (menos quando é do PT, de esquerda ou trabalhadora no geral) precisaria ter uma mulher em tal cargo de importância. Quando perguntada sobre sua importância para um eventual governo MDBista, Elena respondeu que será a “reforma tributária, a desestatização e as regras fiscais”, agindo como um puxadinho do governo Temer, porém, dessa vez, sem ter que aplicar um golpe de Estado – afinal, ainda estamos sob um.

A herança maldita deixada pelo neoliberalismo raivoso de Fernando Henrique Cardoso que recaiu sobre o colo dos trabalhadores não é uma lembrança que desagrada os capitalistas, então, para o Ministério da Agricultura, o indicado por Simone Tebet seria José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de política econômica do governo FHC. 

Indo na contramão da realidade, a golpista que mira a cadeira presidencial não indicou para as áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação nomes relevantes, que pertencessem à pesquisa em Universidades Federais ou relevantes em algum aspecto para o país. Os nomes levantados são Pedro Wongtchowski, alto executivo da Ultrapar, um dos maiores grupos empresariais brasileiros que parasitam a classe trabalhadora, e Susana Kakuta, que trabalha com inovação na UNISINOS, faculdade privada que lidera os rankings em ofensiva ao estudo público e gratuito no Brasil.

Suas indicações compõem um grave ataque aos trabalhadores do campo e da cidade, mas são ainda um pequeno problema perto da nomeação de José Guilherme Almeida Reis para cuidar do Comércio Internacional. O banqueiro já trabalhou no Banco Mundial e foi membro do BID, um banco interamericano criado pelos Estados Unidos para agir como um órgão regulador do imperialismo na América Latina. Por meio de seus tentáculos sujos de sangue, através do BID, sediado em Washington, o imperialismo interfere direta e oficialmente na política econômica dos países subdesenvolvidos, fazendo com que o desenvolvimento dos países latinos esteja ainda mais atrelado com os interesses da burguesia internacional.

Para o Desenvolvimento Social, Simone Tebet buscou um nome nos confins do PSDB em São Paulo, chegando na atual secretária de desenvolvimento social do Estado de São Paulo na gestão de Rodrigo Garcia, o capacho de Dória. Tal pessoa se chama Laura Muller Machado, sendo próxima e de extrema confiança de Ricardo Paes de Barros, um renomado economista da Escola de Chicago e membro do conselho do Livres, um dos grupos que defende o liberalismo geral, em suas instâncias mais radicais e danosas para os trabalhadores. Para compor a dobradinha PSDBista, trabalhará com Wanda Engels, mais uma que compôs o governo de Fernando Henrique Cardoso.

A tragédia golpista continua de forma inescrupulosa na pauta da educação, quando o nome indicado é Rossieli Soares, ex-Ministro da Educação do governo de Michel Temer. Cada trabalhador se lembra dos retrocessos e da verdadeira caçada aos seus direitos iniciada a partir do golpe de Estado, mas é válido lembrar que foi no governo Temer que foi aprovada a reforma do Ensino Médio, sem nenhum diálogo com a sociedade, retirando matérias de humanas das escolas e dificultando o acesso do estudante pobre em uma universidade. Foi também no governo Temer, que não recebeu nenhum voto, que as reformas trabalhistas, administrativas e a terceirização irrestrita foram implementadas, além da indicação do tucano Alexandre de Moraes para a liderança do governo no STF.

Complementando o absurdo caricato que é indicar um ministro de Temer para a pasta da Educação, o nome que cuidará da Energia e Saneamento em um eventual governo Tebet é Jerson Kelman, ex-presidente da já privatizada Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os golpistas do MDB não só debocham da cara do trabalhador, como colocam apenas nomes do meio privado para a gestão dos bens públicos. É grave a indicação de Kelman para a Energia e Saneamento, pois ele é um homem de confiança do imperialismo, tendo em seu amplo currículo passagens como consultor do Banco Mundial e interventor da ANEEL no Mato Grosso do Sul.

Simone Tebet indicou o já citado José Roberto Mendonça de Barros para a Indústria, afinal, um governo feito da burguesia para a burguesia precisa resgatar com veemência membros ativos dos governos dos tradicionais inimigos dos trabalhadores, FHC e Temer.

Na questão ambiental, pauta que faz brilhar os olhos imperialistas dos europeus e norte-americanos, os nomes indicados são Pedro Passos, co-fundador da Natura, e Cândido Bracher, ex-CEO do Itaú, afinal, o discurso ambientalista defendido pela burguesia não passa de um pretexto para impedir o avanço dos países mais pobres e perpetuar o domínio das potências capitalistas. Um governo Tebet seria o mais puro suco do imperialismo. Continuando com a nata do neoliberalismo, Cláudio Frischtak seria o indicado para a Infraestrutura, sendo ele ex-consultor do supracitado Banco Mundial e também tendo feito parte do conselho do BID.

Elena Landau retorna neste texto para liderar a reforma de Estado, enquanto convida Edmar Bacha, ex-membro da comissão de FHC, para cuidar da política macroeconômica. Já para a saúde, assunto que nunca foi prioridade para os golpistas, tendo em mente o congelamento dos gastos públicos nela e na educação aprovado no governo Temer, o indicado é João Gabbardo dos Reis, ex-secretário de Mandetta enquanto era Ministro de Bolsonaro e homem próximo ao vampiro José Serra.

Seguindo a moda de reciclar os lixos radioativos do governo Bolsonaro, a assessora especial de Paulo Guedes de 2019 a 2021, Vanessa Canado, será a pessoa a encabeçar a Reforma Tributária. Vanessa promete vir como uma agente direta do imperialismo, sendo integrante de think tanks de bilionários estadunidenses.

Como se já não bastassem os 87% de votos governistas da senadora Simone Tebet durante o governo Bolsonaro, do apoio ao golpe na presidenta Dilma – a única mulher eleita presidente – e de sua empreitada contra os indígenas e sem terra do Mato Grosso do Sul, a latifundiária reforça seu caráter parasitário da classe trabalhadora através de sua equipe “dos sonhos”, como diz a imprensa capitalista.

Sendo composta exclusivamente por neoliberais, banqueiros, golpistas e executivos de grandes multinacionais, ou seja, por inimigos dos trabalhadores, um governo Tebet seria uma tragédia completa para todos os operários e mais pobres do país. Não é à toa que a burguesia tenta, de toda forma, emplacar a viabilidade da sua candidatura, pois seria a forma mais amarga encontrada pelo imperialismo de se sustentar durante a crise que enfrenta.

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