O Partido da Causa Operária (PCO) está lançando este ano 41 candidatas mulheres nas eleições. São candidatas ao governos estaduais, senadoras, deputadas estaduais e federais, em 19 estados e no Distrito Federal.
É interessante lembrar que entre 2002 e 2022, no Estado de São Paulo, houve apenas quatro mulheres concorrendo ao governo, dessas quatro, duas eram do PCO.
Em 2002 e 2010 Anaí Caproni (PCO) concorreu e teve 0,02% dos votos; em 2006 ela também concorreu e teve 0,03% dos votos. Em 2014 não houve candidatas mulheres no estado de São Paulo. Lilian Miranda (PCO) foi candidata em 2018, mas foi impugnada por faltar um documento do seu vice na chapa… , e em 2018 também houve a candidatura da Professora Lisete (PSOL), e este ano é candidata Carol Vigliar (UP).
Mas qual a importância que tem para o PCO lançar mulheres candidatas?
O PCO é um partido revolucionário que possui um programa baseado na teoria marxista, e que para levar a luta pelo socialismo à frente, trabalha de forma centralizada e democrática.
Entendemos que para chegarmos ao nosso intento é preciso mobilização de massas, luta coletiva, e finalmente através da prática levar os operários à elevação da sua consciência de classe.
Portanto, o PCO rechaça totalmente o identitarismo, verdadeiro câncer nas esquerdas a fim de dividir, enfraquecer a ponto de anular a luta, de tirar o caráter de classe dela. Bem como, o identitarismo tem como objetivo alinhar a esquerda com o que o imperialismo deseja que seja “sua” esquerda. Alguns foram cooptados pelas ideias identitárias e acreditam nelas, outros se venderam totalmente, alguns inclusive são agentes infiltrados pelo imperialismo.
Diante disso, é primordial que o PCO, que é um partido que não se engana diante das eleições burguesas, que não tem ilusões de que os problemas da classe operária sejam resolvidos através de votos, que inclusive a de se pensar se votar é seguro, para falar de um jeito diferente, use o espaço das eleições como um momento importante de fazer a propaganda do seu programa revolucionário. Com as camaradas do partido, isso não é diferente.
Também chamamos a atenção para as camaradas candidatas, que são mulheres da classe trabalhadora, no PCO não temos dondocas identitárias, latifundiárias, donas de banco, filhas de donos de empresa de ônibus etc. No PCO, as mulheres lutam porque sabem da necessidade da luta, elas sentem na própria pele.
Portanto, aproveitaremos para divulgar além do programa revolucionário do PCO, o programa que o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo atualizou na última conferência neste ano. Aqui dois pontos importantes:
Aborto: somos a favor da legalização do aborto baseado no desejo da mulher, realizado em serviço de saúde público, totalmente gratuito; está na hora de acabar com a hipocrisia em relação ao aborto, onde mulheres pobres morrem em abortos inseguros, são criminalizadas, enquanto mulheres de classe social privilegiadas pagam e tem acesso a aborto seguro; e devemos apontar aqui, que países em que o aborto é legalizado, a tendência é a diminuição dos abortos, devido o programa de saúde da mulher que é implementado.
Creches: a hipocrisia da burguesia é nojenta! Enquanto tentam a todo custo criminalizar e retroceder os direitos conquistados pelas mulheres em relação ao aborto, com o firme propósito de manter as mulheres escravas do lar, negam as mulheres acesso a creches para que seus filhos tenham um local seguro e de cuidados para que elas possam trabalhar.
Em resumo, é um jogo sujo onde a burguesia nega a mulher o direito ao aborto, e lhe nega também o direito de ter filhos e criá-los com dignidade.
Avante camaradas, somos metade da população, temos o poder de fazer a revolução.