Este diário denuncia o assassinato da Zemfira Suleymanova, mulher nacionalista, vítima do ódio e perseguição política pelo imperialismo, no Donbass, República Popular de Donetsk. O atentado se deu no dia 15, última segunda-feira e sua morte se deu ontem, dia 19.
Leia na íntegra a homenagem no portal Nova Resistência, no Brasil:
Celebramos a memória de Zemfira Suleymanova, heroína e patriota na luta pelo povo do Donbass contra a ofensiva neonazista ucraniana e o imperialismo ianque. Camarada Suleymanova, presente!
Zemfira Suleymanova (1997-2022) partiu.
Ela deu sua vida por tudo em que acreditava: o compromisso, o socialismo, a proteção do povo de Donbass. Com apenas 25 anos, esta militante nacional-bolchevique próxima do partido Outra Rússia, fundado por Eduard Limonov em 2010 sobre as cinzas do Partido Nacional-Bolchevique, morreu após a explosão de uma mina durante um deslocamento perto da aldeia de Avdiika, localizada na República Popular de Donetsk, em 15 de agosto.
Ela tinho ido como voluntária para levar ajuda humanitária e trabalhou como correspondente de guerra do WarGonzo, um canal de notícias russo que cobre os principais palcos de guerra do mundo. Foi Seymon Pegov, seu fundador, quem transmitiu a triste notícia.
No Dia dos Voluntários – 14 de agosto – os nacional-bolcheviques depositaram flores em frente à Chama Eterna em Donetsk, em memória dos voluntários caídos 8 anos atrás. Zemfira estava presente como sinal do destino.
O comprometimento de Zemfira nos lembra do envolvimento na defesa das populações do Donbass dos dois mil militantes nacional-bolcheviques que se deslocaram à região desde 2014 no âmbito pelo movimento Interbrigadas, filiado ao exército das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.
Durante esses anos, alguns foram para lutar, outros para cobrir os eventos para mídias independentes, outros ainda para levar ajuda humanitária às populações massacradas pela junta atlantista de Kiev. Todos eram ativistas do Outra Rússia, e foram eles que organizaram a visita de Limonov a Lugansk em 2015. Embora tenham sofrido anos de repressão por parte do regime de Putin, os nacional-bolcheviques sabem da importância da luta pelo Donbass para o futuro da Rússia.
O ponto de vista oficial dos nacional-bolcheviques russos filiados a Limonov é claro: a reunificação da Ucrânia, assim como da Bielorrússia, com a Rússia em um império socialista e anti-atlantista. Esta visão foi expressa regularmente por Limonov, mesmo em seu sulfuroso livro “Kiev Kaputt”, publicado em 2015. Ele condenou o Euromaidan e apoiou a intervenção russa na Crimeia e as promissoras revoltas no Donbass.
Muitos de seus militantes o seguiram. Personagens cheios de vida e corajosos partiram nesta aventura, como o escritor e militar Zakhar Prilepine e o ativista letão de origem russo-ugandesa nacional-bolchevique Beness Aijo. Todos estavam na linha de frente para defender seus ideais.
Zemfira foi uma delas, com sua coragem, seu comprometimento e sua coerência. Ela morreu jovem, sim, mas sabia o que estava arriscando. E ela sabia disso, pois o slogan do Outra Rússia é “Sim, a morte!”.
Camarada Zemfira, nunca te esqueceremos! Que teu exemplo e teu sacrifício inspirem as juventudes da Europa e da Rússia!