Os educadores da rede municipal de Gurupi, no sul do Tocantins, iniciaram sua greve no dia 17 de agosto, o movimento paralisou diversas escolas. Na manhã da quarta-feira os professores fizeram uma passeata pelas ruas da cidade e se reuniram na Praça Santo Antônio.
A principal pauta dos professores é o reajuste de 33, 24% no piso da carreira do magistério. O Lei do piso sancionada em 2009 pelo então governo Lula, que aprovou essa lei para diminuir as discrepância entre os professores de norte a sul do país.
Esse ano houve um acumulado de reajuste, então de acordo com o Piso, os professores do Brasil deveriam ter seus salários reajustados em 33,24% em janeiro de 2022, porém a maioria dos estados e municípios não deu nada para os seus docentes.
A Prefeitura de Gurupi foi um dos municípios que não concedeu o reajuste. Diante da greve o prefeito disse que vai tomar medidas para dar efetividade ao PCCR da educação, concedendo progressões verticais e horizontais. Também pediu um prazo de 60 dias para fazer novos estudos financeiros.
Sabemos que o reajuste deveria ter sido concedido em janeiro de 2022, caso algum município não tenha arrecadação deveria provir da União. Os profissionais da educação não pode ficar sem esse reajuste, pois os salários estão defasados e a lei deve ser cumprida.
Os professores do Tocantins estão no caminho certo, somente com a mobilização dos trabalhadores vão obter seus direitos. Diante do não pagamento da maioria dos estados e municípios, é necessário que a CNTE encampe a luta pela lei do piso.
Somente a mobilização e luta dos trabalhadores vai colocar em xeque essa política neoliberal de desmonte dos direitos. Somente a mobilização e a greve vai trazer direitos aos trabalhadores. É preciso sair as ruas pelos direitos, por Lula Presidente e por um governo dos trabalhadores.