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Eleições 2022

Candidato do PCO ao governo: “A reforma agrária é o mais urgente”

Conheça um pouco do candidato a governador pelo PCO no Amapá

No dia 17 de agosto, o candidato a governador do Estado do Amapá pelo Partido da Causa Operária, Jairo Palheta, participou do programa Reunião de Pauta, que ocorre de segunda à sexta, das 9h às 10h da manhã, na Causa Operária TV (Canal Reserva).

Jairo contou um pouco sobre sua história de vida e no movimento da luta pela moradia, os desafios que o rondam e as vigarices que já presenciou no vasto mundo da política burguesa.

O amapaense começou a luta social no movimento sem-teto, no seu estado. Foi convidado por Eliana Brandão, hoje sua vice, para morar numa área à beira do muro da Infraero. A prefeitura, na época comandada por Camilo Capiberibe (PSB), tentou baixar uma liminar para tirar Jairo e sua família do local, o que não conseguiu fazer.

“Depois que tivemos esse êxito no movimento sem-teto, outras ocupações foram nos procurar e lutamos por umas cinco, e só tivemos êxito em duas, que também eram lá na Infraero.”

A partir disso, Jairo foi ganhando popularidade e foi convidado para uma organização sem-terra da região, tendo até o momento feito ações apenas por conta, com a ajuda de sua família e de conhecidos interessados pela causa:

“Nós viemos para Brasília em algumas reuniões do Incra, na época da presidenta Dilma. Depois que ele [organizador do movimento na região] percebeu que eu estava querendo organizar de fato, de uma forma justa, me abandonaram lá em Brasília, sem retorno para Macapá. Chegando em Macapá, eles falaram que eu tinha traído o movimento.”

Ao voltar para Macapá e observar as atitudes dos oportunistas do movimento, Jairo decidiu se organizar entre os seus, do seu jeito:

“Para se ter uma ideia, nos reunimos, na época, nas praças. Eu pensava que o poder público servia para servir o público, e pedi o auditório da Polícia Federal pro movimento se reunir. O superintendente da PF mandou um documento dizendo que nós tínhamos toda a liberdade para nos reunir. Nós nos reunimos lá, tinha muita gente, isso foi no governo Dilma. É uma diferença grande, se tinha mais respeito ao trabalhador no governo da presidenta Dilma.”

Jairo também conta sobre os problemas dos sem-teto no Amapá e como o atual governo lida com isso:

“O Amapá está recebendo mais de 2,5 milhões de hectares, o que é muita terra da União. Parte dessa terra é área de cerrado, a qual nós queremos fazer reforma agrária. Imagina só se conseguíssemos assentar 20 mil famílias em 4 anos, fazendo com que cerca de 2% do orçamento público do estado fosse direcionado para esse setor produtivo. Hoje, o Amapá não tem energia suficiente para agregar uma grande indústria, e nem capacidade técnica. A reforma agrária é o setor mais urgente e fácil de resolver, o setor mineral também, mas precisa ter vontade política.”

O candidato também denuncia a exploração da região por parte dos capitalistas e latifundiários. Jairo conta que sua família está no local há mais de um século, e agora estão cercando o rio da região onde cresceu, o Rio do Pacuí. Ele relatou que seu tio, que é pescador, foi expulso do local por um policial que apontou a arma para sua cabeça por estar pescando:

“Os empresários mataram pescadores porque eles se dizem donos das terras. Essa investigação não andou muito, mas os pescadores estão sendo proibidos de pescar no Amapá. Outro caso foi o do Jesiel, que é um pastor que derrubou casas no bairro Ilha Mirim, e a gente viu a cena das crianças chegando da escola, estava chovendo e o trator passando por cima das casas delas.”

Jairo agradeceu a Causa Operária TV pelo espaço e afirmou que, mesmo que não conseguisse ir a todas as regiões do Amapá, algum texto, ou algum vídeo, iriam chegar na população: “Esse aqui é um espaço muito importante que temos para falar essas coisas.”

Primeiro comício de Lula é no ABC com operários e sem Alckmin - Reunião de Pauta nº 1.027 - 17/08/22

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