As grandes potências imperialistas dominam o Oriente Médio desde o fim do império Otomano e da Primeira Guerra Mundial(1914-1918). No período entre guerras a influência imperialista ficou por parte da Inglaterra. Após a Segunda Guerra Mundial(1945), com os Estados Unidos fortalecidos e o Estado de Israel formado, a violência e domínio imperialista na região aumentaram. Patrocinado pelos Estados Unidos, Israel oprime violentamente os povos palestinos, que são tradicionalmente donos dessas terras, assim como os hebreus.
Com a atual crise do imperialismo, o Oriente Médio tem agora uma importante oportunidade para unir seus povos oprimidos contra o Estado de Israel. No último domingo, 14, a cidade síria de Tartus, uma região portuária localizada no oeste do país, a cerca de 250 km da capital Damasco, fora atacada com mísseis pelas forças israelenses, que ceifou a vida de três soldados e feriu mais três, segundo o Ministério da Defesa sírio.
Após esse mais novo ataque covarde dos israelenses, o Hamas, movimento de resistência islâmica, pediu a formação de uma frente única contra a violência do Estado de Israel. Em comunicado, segundo Hazem Qassem, porta-voz do Hamas, “As nações regionais devem enfrentar o regime e acabar com esses crimes”.
O presidente dos Estados Unidos, o “democrata” Joe Biden, senhor da guerra, em sua última visita a Israel, afirmou que existe um vazio de poder no Oriente Médio. Esse vazio, apesar da superioridade bélica dos israelenses, que contam com o apoio dos americanos, que os usam como aliados na região, é decorrente da crise do próprio imperialismo. Essa crise favorece a união dos povos oprimidos para lutarem por sua soberania. Esse vazio pode ser preenchido pela atuação organizada de todos os povos sufocados da região. Preencher o vazio com a organização militar dos povos islâmicos contra os massacres e pela defesa de seu estado.
O imperialismo, essa fase nefasta do capitalismo, é o inimigo número um dos povos oprimidos, que ficam impedidos de seguir um caminho de progresso que não seja controlado pelas grandes potências. Os afegãos no ano passado começaram a se libertar dos americanos e seguem reconstruindo seu país com independência política, apesar de nefasta herança deixada por duas décadas de ocupação americana. A Rússia continua vencendo a guerra na Ucrânia, guerra esta que na verdade é contra os imperialistas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN). A China se ver na iminência de defender seu território diante das provocações dos Estados Unidos com Taiwan. O Brasil, potência regional na América Latina e do BRICS, está enfrentando uma grave crise e um golpe de estado implantado há seis anos e apoiado pelos imperialistas.
O Oriente Médio, região duramente atacada por essa política de agressão, tem agora a oportunidade de provocar mais uma derrota ao imperialismo se enfraquecerem o Estado de Israel, peça-chave que impede a criação do Estado Palestino e a soberania dos povos islâmicos.